Júlio Magalhães investigado
Nem Ata Nem Desata: Júlio Magalhães com Carreira em Risco por causa da Investigação Operação Maestro
A carreira de Júlio Magalhães, com mais de 40 anos de percurso, encontra-se em suspenso devido à investigação da Operação Maestro. O conhecido pivô da TVI/CNN Portugal e Rádio Renascença foi forçado a suspender as suas funções e agora aguarda o próximo passo do Ministério Público para poder defender-se.
Júlio Magalhães foi surpreendido por uma chamada da Polícia Judiciária, que solicitou o acesso à sua casa e aos seus bens no âmbito da Operação Maestro. Esta investigação envolve suspeitas de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e abuso de poder, lesando os interesses financeiros da União Europeia e do Estado português. O principal alvo da investigação é Manuel Serrão, amigo de longa data e sócio de Júlio Magalhães. Apesar das buscas, que totalizaram 78 operações, não foram feitas detenções nem constituídos arguidos até ao momento, deixando Júlio Magalhães impossibilitado de trabalhar e sem meios para se defender.
A TVI comunicou que o lugar de Júlio Magalhães está reservado caso ele consiga provar a sua inocência. Durante este período conturbado, Júlio tem encontrado refúgio ao lado da sua esposa, Manuela Magalhães, com quem está casado há 34 anos, e dos seus dois filhos, Mariana e André.
A Polícia Judiciária explicou que as buscas visam projetos cofinanciados por fundos comunitários, que terão permitido ganhos ilícitos de quase 39 milhões de euros entre 2015 e 2023. “Em causa estão esquemas organizados de fraude que beneficiaram um conjunto de pessoas singulares e coletivas, lesando os interesses financeiros da União Europeia e do Estado português, quer em sede de financiamento através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), quer através da subtração aos impostos devidos”, esclareceu a PJ.
Manuel Serrão, cujo estilo de vida luxuoso chamou a atenção das autoridades, é suspeito de usar o Hotel Sheraton, no Porto, como residência permanente durante oito anos, de 2015 a 2023. Neste período, o hotel de cinco estrelas terá recebido mais de 372 mil euros da Associação Selectiva Moda, dirigida por Serrão.
Além de Manuel Serrão, a investigação aponta também para António Sousa Cardoso, ex-líder da Associação de Jovens Empresários, e António Branco e Silva. Estes últimos, conhecedores das regras de procedimentos para candidatura, atribuição, execução e pagamento de verbas atribuídas no âmbito de operações cofinanciadas por fundos europeus, são acusados de captarem, em proveito próprio e das empresas que gerem, os subsídios atribuídos à Associação Selectiva Moda e às sociedades No Less e House of Project – Business Consulting.
A carreira de Júlio Magalhães permanece assim numa encruzilhada, à espera do desenrolar das investigações e das decisões judiciais que determinarão o seu futuro profissional e pessoal.