Está envolvido num processo que envolve milhões de euros…
Júlio Magalhães, de 61 anos, foi surpreendido pela Polícia Judiciária em março, como parte da Operação Maestro, uma investigação por suspeitas de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e abuso de poder. Este esquema, que supostamente lesou os interesses financeiros da União Europeia e do Estado português, tem Manuel Serrão, amigo de longa data e sócio de Júlio Magalhães, como principal visado. O alegado esquema envolveu quase 39 milhões de euros.
Na sequência das investigações, Júlio Magalhães suspendeu suas funções na TVI/CNN Portugal e Rádio Renascença, refugiando-se no Porto junto à família, incluindo sua esposa Manuela Magalhães e os filhos Mariana e André.
De acordo com o ‘Correio da Manhã’, Júlio Magalhães, Manuel Serrão e Nuno Mangas, presidente do programa de fundos europeus Compete 2020, já foram constituídos arguidos do processo. Esta diligência teve o objetivo de interromper os prazos de prescrição e permitir que a investigação continue. No entanto, o advogado de Júlio Magalhães afirmou à SIC que o ex-jornalista ainda não foi ouvido nem constituído arguido oficialmente, deixando sua vida em um limbo.
As suspeitas da investigação envolvem fraude na obtenção de subsídios da União Europeia, fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e abuso de poder. Segundo as autoridades, o esquema consistia na criação de estruturas empresariais complexas para justificar contratos fraudulentos referentes a serviços e fornecimentos de bens, visando a captação fraudulenta de fundos comunitários. Estes projetos foram executados entre 2015 e 2023, no âmbito do Programa Operacional Competitivo e Internacionalização.
Júlio Magalhães, que tem um ordenado elevado em risco, enfrenta um futuro incerto enquanto aguarda os próximos passos do Ministério Público e a continuação das investigações da Polícia Judiciária.