Saiba mais sobre este caso…
Novos desenvolvimentos surgiram na Operação Maestro, que envolve o jornalista Júlio Magalhães e o seu amigo Manuel Serrão, um dos arguidos do processo. Uma auditoria revelou a apropriação indevida de fundos europeus, resultando na comunicação ao Ministério Público e ao ministro da Economia para a instauração de eventuais processos disciplinares.
Em comunicado divulgado na terça-feira, dia 9, citado pelo ‘Negócios’, o Ministério da Coesão Territorial informou que o relatório da auditoria, ordenada em abril pelo ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, que supervisiona os fundos comunitários, “concluiu que as desconformidades identificadas obrigam à anulação de despesas já certificadas no montante de 30 milhões de euros” pagos a uma entidade ligada a Manuel Serrão.
“O Governo tem uma posição de tolerância zero para a fraude. Impõe-se recuperar o dinheiro indevidamente recebido e sancionar os infratores. É absolutamente fundamental preservar a confiança nas entidades responsáveis”, afirmou o governante no comunicado.
O empresário portuense e membro da Associação Selectiva Moda foi constituído arguido em maio, no âmbito da Operação Maestro, que investiga um alegado esquema fraudulento de obtenção, desde 2015, de quase 39 milhões de euros para 14 projetos cofinanciados por fundos europeus.
O Ministério Público considera Serrão “o principal mentor” do alegado esquema, o que levou a Polícia Judiciária a realizar, em 19 de março, 78 buscas. Nesta investigação, também são suspeitos o jornalista Júlio Magalhães, António Sousa Cardoso, que liderou a Associação de Jovens Empresários, e António Branco e Silva.
Júlio Magalhães suspendeu as suas funções na TVI/CNN Portugal e na Rádio Renascença, aguardando o próximo passo do Ministério Público. Após as buscas na sua casa em Lisboa, Júlio Magalhães foi para o Porto, onde encontrou refúgio junto da sua família: a mulher, Manuela Magalhães, com quem é casado há 34 anos, e os seus dois filhos, Mariana e André.