A televisão sempre se pautou por resultados, e as audiências são o que de mais palpável se pode comparar para aferir o ritmo de cada canal.
Apesar da aproximação da TVI à SIC, a verdade é que o terceiro canal continua a liderar e depois de alcançar 50 meses seguidos de liderança em março continua a bom ritmo para mais uma vitória, apesar de perder cada vez mais dias para os rivais…
Outro ponto que deveria fazer pensar os responsáveis dos canais privados é o facto da RTP conseguir ganhar cada vez mais fora dos programas “normais” como era o caso do futebol e “O preço certo”, onde normalmente vencia confortável, recentemente vimos a RTP a vencer dias de audiências, e a vencer em horários que apresenta ops mesmos programas há muitos anos, como foi o caso da “Praça d’Alegria”.
Ainda ontem por exemplo a RTP conseguiu liderar o final de tarde de sábado, com “Estrelas ao Sábado”. Isabel Silva liderou de forma destacada e terminou o formato com 3.2 de audiência média e 10.6% de share com uma média de 301 mil espectadores, no mesmo horário o “Em Família”, da TVI registou o pior valor do ano com 3.3 de audiência média e 11.2% de share e 313 mil espectadores. Enquanto o “Caixa Mágica”, da SIC, conquistou 3 de rating e os 9.3% de share com 287 mil espectadores.
À noite, o programa da RTP “Taskmaster” liderou do início ao fim e venceu a SIC e a TVI confortávelmente.
Apesar desses resultados a SIC acabou por vencer o total do dia, com os seguintes resultados:
RTP1 – 11,2%
RTP2 – 0,8%
SIC – 13,1%
TVI – 12,1%
Total CABO – 45,6%
Outros – 16,5%
Como podem verificar, basta olhar para os dados para perceber algo que vimos alertando já há muito tempo, apesar de cantarem vitória, os canais de sinal aberto deveriam repensar a estratégia, pois analisando só resultados percebe-se facilmente que a oferta não é do agrado geral. Apesar de marcarem presença em praticamente todas as casas dos portugueses os canais de sinal aberto têm cada vez menos audiência, perdendo para os canais de cabo e muitas outras plataformas que surgiram nos últimos anos…
Os canais neste momento parecem ziguezaguear entre programas, com alguns a desaparecerem dias ou semanas depois de estrearem quase sem explicações aos espectadores, mas talvez seja mesmo o momento de os canais perceberem que têm que “fazer as pazes com o público” e reconquistar o que já foi seu, se não correm o risco de dentro de uns anos estarem a celebrar a vitória entre eles, quando a amostra é menos de que o publico presente num estádio de futebol…