Caso da grávida desaparecida
Principal Suspeito do Desaparecimento da Grávida da Murtosa Permanece em Prisão Domiciliária
As medidas de coação foram alvo de revisão em tribunal nesta terça-feira, e o desfecho deixou a comunidade em suspense. O principal suspeito do desaparecimento da grávida da Murtosa, Fernando Valente, continua sob prisão domiciliária em Vila Nova de Gaia.
Fernando Manuel Tavares Valente, de 39 anos, divorciado, empresário, “continua fortemente indiciado pelos crimes de homicídio qualificado, de aborto agravado e de profanação de cadáver, como apurou o JN junto de fontes ligadas ao processo”.
Para a magistrada judicial, seguindo a perspetiva do Ministério Público, não só se mantêm fortes indícios como, “atentos os últimos desenvolvimentos há um substancial adensamento da prova incriminatória em relação ao arguido”.
A juíza de instrução criminal de Aveiro constata “a inexistência de qualquer dado que aponte para uma alteração dos pressupostos de facto das medidas de coação”, de tal forma que achou “até desnecessário conferir o contraditório ao arguido”.
Há uma semana, a solicitação do MP, a mesma juíza decretou a especial complexidade para o processo, o que prolongou o prazo limite para haver acusação de seis para 12 meses, mesmo continuando Fernando Valente privado da liberdade.
Fernando Valente tem sido o foco das investigações desde o desaparecimento da mulher grávida, que estava no sétimo mês de gestação. A comunidade local tem acompanhado de perto o desenrolar deste caso que tem causado grande comoção na região.
A família da mulher desaparecida sempre nutriu a esperança de que o corpo fosse encontrado, mesmo antes de Fernando ser formalmente acusado. Este desfecho mantém a tensão e a incerteza em torno do caso, com a comunidade aguardando ansiosamente por desenvolvimentos futuros.