A ex concorrente do Big Brother, Noélia Pereira, está indignada com a “lavagem verde” e falta de responsabilidade e estratégia por parte da Câmara Municipal de Lagoa.
Noelia insurgiu-se em defesa e proteção do ecossistema das Alagoas Brancas.
A ex concorrente do Big Brother não poupou nas palavras e foi muito clara como o que se está a passar na região em que as Alagoas Brancas são um berço da biodiversidade que contém mais de 300 espécies de fauna e flora e alberga 143 espécies de avifauna e não há qualquer estratégia para a sua proteção, bem pelo contrário:
![](https://rumores.pt/wp-content/uploads/2022/11/Alagoas-Brancas-1.png)
“As Alagoas Brancas são um importantíssimo ecossistema, uma zona húmida de água doce, sumidouro de carbono que presta serviços em toda a cadeia do ecossistema e que é a última zona existente com estas características na região do Algarve. As Alagoas Brancas são uma área de mitigação das alterações climáticas que desempenha um papel fundamental de filtração das águas e de regulação hídrica e climática.
As Alagoas Brancas são um berço da biodiversidade que contém mais de 300 espécies de fauna e flora e alberga 143 espécies de avifauna que ali se alimentam e descansam das grandes viagens migratórias e intercontinentais.
Apesar dos relatórios conhecidos e recentes – como o estudo realizado em 2019 pela Associação Almargem – terem indicado as Alagoas Brancas como uma das mais importantes novas áreas a classificar a qual urge conservar e proteger, e apesar da luta dos cidadãos que incluiu a introdução e defesa de uma providência cautelar no Tribunal Administrativo de Loulé, as Alagoas Brancas, por falta de vontade e estratégia de várias entidades mas sobretudo da Câmara Municipal de Lagoa, permaneceram até aos dias de hoje desprotegidas e neste preciso momento estão a ser destruídas.
A sociedade civil precisa tomar conhecimento que espécies protegidas estão a ser enterradas vivas e que a lagoa de água doce está a ser totalmente drenada e terraplanada neste preciso momento. A sociedade civil precisa saber que enquanto decorre a COP 27, neste momento, um importante e único sumidouro de carbono está a ser arrasado e que toda a biodiversidade está a ser comprometida pela destruição deste reduto Habitat.
Vivemos tempos de crise climática e ecológica, de perda galopante da biodiversidade, vivemos numa região com falta de água e que sofre de seca estrutural. Por todo o Mundo se sofrem os impactos das mudanças climáticas e da perda dos serviços dos ecossistemas. Há directivas, há metas e programas de financiamento internacionais a ser debatidos e negociados neste preciso momento na COP27 no Egipto.
Os cidadãos e a sociedade civil não suportam mais “lavagem verde” sobre as questões da biodiversidade, do clima e dos ecossistemas.
O nosso futuro global está em jogo aqui.”