José Castelo Branco está a ser acusado de maus-tratos à esposa, Betty Grafstein, e cada vez há mais provas que mostram que não é algo que aconteceu só agora.
A própria Lady Betty foi quem fez a queixa no hospital, e já a teria feito a vários amigos. Mas mesmo assim, José Castelo Branco continua a negar tudo, e a ter comportamentos que fazem pensar que não está sequer preocupado com o assunto. Entre os videos onde pede que rezem pela sua esposa, participa em diretos e faz publicidades, como se tudo estivesse bem.
Mas o que pode causar isto numa pessoa? Vamos falar de Mitomania
Mentiras Compulsivas: Compreendendo a Mitomania
Mentimos todos de vez em quando, mas para algumas pessoas, a mentira torna-se um hábito patológico. A mitomania, também conhecida como transtorno de mentir compulsivamente, é um quadro clínico no qual indivíduos mentem de forma excessiva e sem motivo aparente.
Diferenças da Mentira Comum:
É importante diferenciar a mitomania da mentira comum. Mentiras comuns geralmente são contadas por motivos específicos, como evitar conflitos, proteger alguém ou alcançar um objetivo. Já na mitomania, a mentira torna-se um padrão de comportamento, sem uma razão clara e muitas vezes sem benefícios reais para o indivíduo.
Sinais de Alerta:
O principal sinal de alerta para a mitomania é a frequência das mentiras. Indivíduos com mitomania mentem constantemente, mesmo quando não há necessidade ou quando as mentiras podem ter consequências negativas.
Outros sinais que podem indicar mitomania incluem:
- Exagero ou distorção da realidade: Mentir sobre conquistas, talentos ou experiências pessoais, muitas vezes de forma grandiosa ou dramática.
- Falta de empatia: Dificuldade de se colocar no lugar dos outros e de entender as consequências das suas mentiras.
- Manipulação: Usar mentiras para controlar ou influenciar o comportamento de outras pessoas.
- Negação: Recusar-se a admitir que está mentindo, mesmo quando confrontado com evidências contrárias.
Causas da Mitomania:
As causas da mitomania ainda não são totalmente compreendidas, mas acredita-se que sejam multifatoriais, envolvendo fatores genéticos, psicológicos e sociais. Alguns dos possíveis fatores de risco incluem:
- Traços de personalidade: Pessoas com traços de personalidade como narcisismo, impulsividade ou baixa autoestima podem ser mais propensas à mitomania.
- Problemas nas relações familiares: Crescer em um ambiente familiar disfuncional, com negligência, abuso ou falta de comunicação, pode aumentar o risco de desenvolver mitomania.
- Experiências traumáticas: Experiências traumáticas na infância ou adolescência, como abuso físico ou sexual, podem levar ao desenvolvimento de mecanismos de defesa como a mentira patológica.
Mentiras para se Beneficiar ou para Chamar a Atenção:
Existem diferentes motivações para a mentira compulsiva. Em alguns casos, a pessoa pode mentir para se beneficiar de alguma forma, como obter dinheiro, status ou atenção. Já em outros casos, a mentira pode ser uma forma de chamar a atenção ou de se sentir importante.
Exemplos de Motivações para a Mentira Compulsiva:
- Transtorno de personalidade antissocial: Indivíduos com esse transtorno podem mentir para manipular e explorar os outros, buscando vantagens pessoais.
- Transtorno de personalidade borderline: Pessoas com esse transtorno podem mentir para chamar a atenção, buscando validação e apoio emocional.
- Baixa autoestima: Indivíduos com baixa autoestima podem mentir para se sentirem mais importantes ou aceitos pelos outros.
- Depressão: A depressão pode levar à apatia e à falta de motivação, o que pode fazer com que a pessoa minta para evitar responsabilidades ou para se sentir melhor consigo mesma.
Fonte: Hospital Lusiadas