A princesa das Astúrias, Leonor de Borbón, encontra-se no centro de uma controvérsia que tem abalado as fundações do Palácio da Zarzuela e surpreendido o governo de Espanha. De acordo com revelações da plataforma digital ‘Monarquia Confidencial’, Leonor, aos 18 anos, decidiu opor-se veementemente às decisões previamente tomadas sobre a sua formação académica e o seu destino, que não contaram com a sua opinião.
Até atingir a maioridade, a educação da princesa foi diretamente supervisionada pela sua mãe, a rainha Letizia. No entanto, desde então, o controlo sobre o futuro de Leonor passou a ser da responsabilidade da Casa Real e do governo espanhol. Estas entidades tomaram três decisões significativas quanto ao caminho a seguir pela futura rainha de Espanha.
A primeira decisão envolveu o envio de Leonor para o estrangeiro com o objetivo de mantê-la afastada da curiosidade da imprensa. A escolha recaiu sobre o UWC Atlantic College, no País de Gales, onde a princesa completou dois anos de bacharelato. Posteriormente, foi tomada a segunda decisão: a formação militar de Leonor. Apesar da resistência inicial da rainha Letizia, a princesa ingressou na Academia Militar de Saragoça e encontra-se agora prestes a transitar para outra academia militar, tendo pela frente ainda dois anos de formação nas academias de Pontevedra e Murcia.
Recentemente, veio à tona a terceira decisão, a mais polémica de todas: a princesa deveria ingressar na universidade em 2026 para se formar em Direito, uma resolução que foi tomada sem consultar Leonor. Conforme avança o ‘Monarquia Confidencial’, Leonor manifestou a sua recusa em seguir este caminho, alegando que Direito não é a sua vocação. Em vez disso, a princesa revelou o desejo de se licenciar em Engenharia, um campo que desperta o seu verdadeiro interesse.
Esta decisão de Leonor constitui um marco significativo, demonstrando a sua determinação em controlar o seu próprio destino e a coragem de se opor à vontade do pai, da Casa Real e do governo. Leonor está decidida a reivindicar o direito de decidir sobre o seu futuro, um direito que considera exclusivamente seu.
A situação atual não só ressalta a força de vontade e independência de Leonor, mas também coloca em evidência as tensões internas na família real e entre as instituições que tradicionalmente têm moldado o caminho dos seus membros. Resta saber como esta nova fase da vida da princesa das Astúrias se desenrolará e que impacto terá na monarquia espanhola.