Caso da grávida desaparecida na Murtosa
O Tribunal da Relação do Porto tomou uma decisão firme ao negar a libertação do principal suspeito no caso do desaparecimento da grávida da Murtosa, Fernando Valente, de 39 anos, que queria sair da prisão domiciliária.
Fernando Valente, residente na zona da Bestida, freguesia de Bunheiro, concelho da Murtosa, está sob suspeita de crimes graves, incluindo homicídio qualificado, profanação e ocultação de cadáver, bem como aborto agravado.
A vítima, Mónica Silva, mãe de dois rapazes, desapareceu misteriosamente na noite de 3 de outubro de 2023, quando deixou sua residência na Rua de Santo Estevão, na Murtosa, afirmando aos filhos que iria tomar café e que logo retornaria.
Fernando Valente, empresário e divorciado, é o único suspeito vinculado à obrigação de permanecer em casa, em virtude do desaparecimento de Mónica Silva, de 33 anos, grávida de sete meses, há quase seis meses na Murtosa.
Após buscas domiciliárias realizadas pela Brigada de Homicídios da Polícia Judiciária de Aveiro, Fernando Valente foi detido em 15 de novembro de 2023. Três dias depois, foi colocado em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional Regional de Aveiro.
Em 21 de dezembro de 2023, foi transferido para prisão domiciliária, com vigilância eletrónica, num dos seus apartamentos, na freguesia de Pedroso, em Vila Nova de Gaia. No entanto, ele recorreu desta medida para o Tribunal da Relação do Porto.
Após análise minuciosa, os três juízes desembargadores reunidos em conferência no Palácio da Justiça do Porto, acataram a posição do Ministério Público, “negando provimento ao recurso interposto pelo arguido”, conforme reportado pelo Jornal de Notícias.