Ângela Ferreira, nascida em Maputo, Moçambique, em 1958, é uma artista plástica de origem portuguesa. Durante o apartheid, ela viveu na Cidade do Cabo, onde estudou e se formou em escultura na Universidade da Cidade do Cabo. Posteriormente, obteve seu Mestrado em Belas Artes (MFA) na Michaelis School of Fine Arts da mesma universidade. Além disso, em 2016, concluiu seu doutorado na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa12.
O trabalho artístico de Ângela Ferreira é profundamente reflexivo e investiga as consequências do colonialismo e pós-colonialismo na sociedade contemporânea. Ela explora essas questões por meio de uma abordagem histórica e formal apurada. Sua arte é representada pela Galeria Filomena Soares em Lisboa, Portugal, e pela Galeria Stevenson na Cidade do Cabo, África do Sul.
Um dos projetos notáveis de Ângela Ferreira foi apresentado na 52ª Bienal de Veneza em 2007. Nesse projeto, intitulado “Maison Tropicale”, ela documentou fotograficamente e criou uma escultura inspirada nas três Casas Tropicais projetadas pelo arquiteto francês Jean Prouvé. Essas casas foram instaladas em Niamey, Níger, e Brazzaville, República do Congo, entre 1949 e 1951, e posteriormente retiradas em 2001. A exposição em Veneza explorou a história e o contexto dessas casas, proporcionando uma reflexão profunda sobre colonialismo e identidade.
Ângela Ferreira conseguiu mudar a legislação em Portugal através de determinação, perseverança e ativismo. Após a morte de seu marido, Hugo Ferreira, vítima de um cancro colorretal, Ângela estava determinada a realizar o sonho de ter um filho com ele, mesmo após sua partida.
Envolveu em uma batalha legal para legalizar a procriação medicamente assistida pós-morte. Isso envolveu pressionar as autoridades, sensibilizar o público e trabalhar com profissionais de saúde e legisladores. Ângela compartilhou sua história e experiência, destacando a importância dessa questão para muitas outras pessoas que enfrentam circunstâncias semelhantes.
A história de Ângela Ferreira, que foi contada na reportagem “Amor Sem Fim” da TVI em 2020, emocionou todo o país. Guilherme, o primeiro bebé em Portugal concebido após a morte do pai, nasceu em 17 de agosto de 2023.
“Hoje, o nosso mundo ficou mais iluminado. Guilherme nasceu às 11:09 horas, pesando 3,915 quilos e medindo 50.5 cm. É um rapagão cheio de saúde. Agradeço, meu amor (Hugo Ferreira), por me teres escolhido para este sonho.”
Na passada segunda-feira, dia 25, assinalaram-se cinco anos da morte de Hugo Ferreira e a viúva do jovem, Ângela Ferreira, assinalou a data nas redes sociais.
Ângela Ferreira recorda o falecido marido em dia marcante: “Ficaram tantos sonhos por realizar, ficou tanto por fazer. Tenho feito o que consigo e o melhor que sei”, espero que estejas orgulhoso <3. Um dia destes voltamos a abraçarmo-nos! AMO-TE <3! que emocionou o País.
Filho de Ângela e Hugo já tem sete meses! Toda a sorte do Mundo para esta linda Família!!