O vídeo publicitário gravado por Bárbara Parada para uma aplicação de acompanhamento psicológico, onde a ex-concorrente do Big Brother assumiu que está a ser acompanhada por um psicólogo e divulgou um código de desconto de 20%, foi um dos principais temas discutidos no programa ‘Noite das Estrelas’ da CMTV, na terça-feira, 23 de julho.
Sílvia Botelho, psicóloga e comentadora do programa, iniciou a sua reação ao vídeo destacando o lado positivo da iniciativa de Bárbara Parada. “No fundo, o facto de publicitar a saúde mental em Portugal é positivo, acho que é algo que as pessoas devem deixar de ter preconceitos em relação a procurarem ajuda quando precisam dela“, afirmou Sílvia, sublinhando a importância de normalizar a busca por apoio psicológico.
Críticas à Forma de Publicidade
No entanto, Sílvia Botelho não escondeu a sua preocupação com a forma como a mensagem foi transmitida. “Aqui o que mais me choca será a forma como está a fazer, esta forma não aprovo. Se calhar também pode ser preconceito meu e isto, de repente, adapta-se tudo”, comentou, sugerindo que a abordagem de Bárbara poderia estar a desvirtuar a seriedade do tema.
Uma Questão de Ética e Modernidade
A psicóloga continuou a explicar a sua posição, admitindo uma possível resistência às novas formas de comunicação: “Eu não farei de certeza, porque parece-me que desvirtua de certa forma, parece que está a vender e a receber uma comissão. Mas pode ser uma ideia e um preconceito meu, até posso assumir isso, se calhar sou um bocadinho mais conservadora neste aspeto, ainda não me adaptei de certa forma a 100% às novas tecnologias, mas de certa forma se calhar é uma questão de tempo também da minha forma.”
Mercantilização da Saúde Mental
Sílvia Botelho terminou a mostrar a sua preocupação com a mercantilização da saúde mental. “Acho que a saúde mental é importante, acho que a forma é que, do meu ponto de vista, desvirtua. Acho que a causa é nobre, agora parece-me que mercantiliza um bocado porque ela vai receber comissão, apresenta um código”, declarou, levantando questões éticas sobre o uso de publicidade paga para promover serviços de saúde mental.