Dois meses após o trágico acidente que tirou a vida do pequeno Vicente, a luta pela recuperação de Graça, de apenas 6 anos, deixa a família entre a dor e a esperança.
A família Ribeiro Telles Caldeira vive dias que parecem retirados de um pesadelo do qual não se consegue acordar. Depois do acidente devastador na EN 119, junto ao Biscaínho, em Coruche, que vitimou o pequeno Vicente, de apenas dois meses, e deixou as quatro irmãs gravemente feridas, as marcas físicas e emocionais continuam a assombrar a vida desta família.
Carmo e Graça, as últimas a terem alta do Hospital de Santa Maria, enfrentam agora uma nova realidade. A pequena Graça, gémea de Amélia, ficou paraplégica, e a sua reabilitação será um processo longo e complexo.
Um misto de emoções na luta pela normalidade
As quatro meninas – Assunção (9 anos), Carmo (7 anos) e as gémeas Amélia e Graça (6 anos) – estão finalmente em casa, mas a recuperação está longe de ser completa. Assunção e Amélia já retomaram a escola e algumas rotinas, enquanto Carmo e Graça continuam em fisioterapia diária.
De acordo com uma fonte próxima da família, Carmo tem uma recuperação total prevista, mas o caso de Graça é mais delicado. “Ela está paraplégica e ainda estão a estudar o que será melhor para a sua reabilitação porque é uma lesão difícil”, revelou a fonte à TV Guia.
O peso da perda e a força da fé
O acidente, ocorrido a 13 de novembro, deixou feridas profundas não só no corpo, mas também no coração da família. João Vicente Caldeira, de 39 anos, e Graça Ribeiro Telles, de 32, tentam reconstruir a sua rotina, agarrando-se à fé e ao apoio de familiares e amigos para enfrentar a dor avassaladora.
“Já todas tiveram alta”, confirmou a mesma fonte, destacando que, apesar do regresso das filhas a casa, o vazio deixado por Vicente e o impacto das sequelas nas meninas tornam esta nova fase da vida especialmente dura.