Carta deixada pela menor levanta suspeitas de bullying na escola. Comunidade exige justiça e investigação rigorosa sobre o caso que chocou o país
A morte de uma menina de 12 anos, ocorrida esta semana na Madeira, está a causar uma profunda consternação em todo o país. O caso, revelado inicialmente pelo DN-Madeira e confirmado pelo Jornal da Madeira, envolve a descoberta do corpo da jovem pela própria mãe, ao chegar a casa. Junto ao local foi encontrada uma carta, alegadamente escrita pela menor, o que levanta sérias suspeitas de suicídio motivado por bullying.
De acordo com as informações que circulam, a jovem estaria a sofrer episódios de bullying persistente no ambiente escolar. Embora ainda não haja uma confirmação oficial sobre as causas da morte, o conteúdo da carta — que permanece sob sigilo — poderá conter elementos determinantes para a investigação que já está a ser conduzida pelas autoridades locais. A comunidade escolar da região encontra-se em estado de choque, e várias figuras públicas manifestaram-se nas redes sociais, apelando a uma reflexão urgente sobre o tema.
Nas redes sociais, a revolta tem crescido com milhares de mensagens de indignação e pedidos de justiça. Pais, professores e alunos da escola onde a jovem estudava exigem explicações e medidas concretas para apurar responsabilidades. Muitos internautas estão também a partilhar experiências pessoais de bullying, numa clara tentativa de dar visibilidade à gravidade e consequências do problema. “Não pode ser apenas mais um caso esquecido. Esta tragédia tem de ser um ponto de viragem”, escreveu uma utilizadora no X (antigo Twitter).
Especialistas em saúde mental infantil sublinham que este tipo de situação pode ser evitado com uma atuação mais proativa das escolas, através da implementação de planos de prevenção, reforço psicológico e formação para professores e alunos. O Governo Regional da Madeira ainda não se pronunciou oficialmente, mas várias associações de pais e movimentos estudantis já pediram a abertura imediata de um inquérito interno ao agrupamento escolar envolvido.
Esta tragédia reacende o debate nacional sobre a eficácia das políticas contra o bullying em Portugal. Com um número crescente de casos reportados nos últimos anos, muitos questionam se as medidas atuais são suficientes. A morte desta criança não pode ser em vão — é urgente reforçar a sensibilização, o apoio psicológico e os canais de denúncia nas escolas portuguesas para evitar novas perdas irreparáveis.



