A tempestade tropical Jerry formou-se nesta terça-feira sobre o Oceano Atlântico central e deverá intensificar-se para furacão já na quarta-feira…
Jerry é a décima tempestade nomeada de uma temporada tardia que produziu três furacões em pouco mais de duas semanas.
Às 11h00 (hora da costa leste dos EUA), a tempestade apresentava ventos sustentados de 72 km/h e encontrava-se a cerca de 2.000 km a leste-sudeste das Ilhas Leeward, movendo-se para oeste. O Centro Nacional de Furacões alerta que Jerry pode aproximar-se ou passar ao norte das Ilhas Leeward no final desta semana já como furacão de categoria 1, trazendo possíveis chuvas e ventos fortes. Alertas de tempestade tropical podem ser emitidos ainda esta terça-feira à noite.
Apesar da sua força, não se espera que Jerry represente ameaça para o território continental dos EUA, já que uma frente fria prevista para a costa leste deverá desviar a tempestade para o mar. Também não há previsão de impacto no Atlântico próximo a Portugal.
Meteorologistas destacam que frentes frias como esta tornam-se mais comuns em outubro. Porém, as tempestades do final da temporada formadas no Golfo do México e nas Caraíbas representam maior risco, pois estão mais próximas da terra. Atualmente, existe uma pequena possibilidade de desenvolvimento de um sistema no sudoeste do Golfo ainda esta semana, mas o que mais atrai atenção é o padrão climático conhecido como Giro da América Central, capaz de gerar tempestades no final da temporada.
Historicamente, outubro e novembro produzem normalmente cerca de quatro tempestades nomeadas, embora algumas temporadas possam ter finais mais intensos. Exemplo disso são o furacão Michael, em 2018, e o furacão Sandy, em 2012, ambos devastadores.
Este ano, após um início de temporada relativamente calmo depois do furacão Erin, surgiram três furacões consecutivos — Gabrielle, Humberto e Imelda — que quebraram a calmaria e aumentaram a atividade no Atlântico. Até ao momento, nenhum furacão atingiu os Estados Unidos, e se esta sorte se mantiver até ao final de novembro, poderá ser a primeira temporada em uma década sem impactos diretos nos EUA.






