Sara Norte, atriz e comentadora do programa Passadeira Vermelha, da SIC Caras, fez uma revelação pessoal impactante durante uma discussão sobre uma investigação do jornal Público…
O tema abordava um grupo na plataforma Telegram, composto por cerca de 70 mil membros, onde são compartilhadas imagens íntimas de mulheres sem o seu consentimento.
A situação levou Sara Norte a partilhar um incidente próprio, no qual uma foto sua foi exposta de forma adulterada, chamando a atenção para a necessidade urgente de regulamentação nas redes sociais.
Inicialmente, Sara Norte expressou o seu repúdio pela situação e criticou os comportamentos dos homens que compartilham imagens íntimas de mulheres sem o seu consentimento, descrevendo-o como “nojento” e associando-o a uma tentativa de afirmação de masculinidade.
“Para mim, estes homens estão a tentar medir ‘pilinhas’. Isto para mim é nojento, andarem a partilhar fotografias de pessoas com quem tiveram relacionamentos”, afirmou, referindo-se à falta de respeito e de privacidade nas interações digitais.
A atriz revelou então um episódio que a afetou diretamente. Segundo Sara, um amigo que estava nesse grupo do Telegram alertou-a para a existência de uma imagem dela que havia sido adulterada.
“Um amigo meu, que estava nesse grupo, mandou-me uma fotografia minha com um vestido, devia ter 19 ou 20 anos. Aquela foto, em que estava sem soutien, que não era transparente nem nada… Só que depois mandaram-me a mesma fotografia e dava para ver as mamas por dentro”, explicou Sara.
A manipulação da imagem foi feita para dar uma aparência mais explícita e íntima, evidenciando a prática preocupante de adulteração de fotos para propósitos invasivos e degradantes.
A comentadora relatou ainda que, após investigar, conseguiu encontrar a foto original e confirmou que não tinha sido tirada com intenções provocadoras, como a versão manipulada sugeria.
“Descobri a foto original até que a mandei ao meu amigo e agradeci o facto de me ter avisado”, disse Sara, destacando a importância de ter sido informada.
Este episódio, no entanto, reforçou a necessidade de medidas para punir e regulamentar tais práticas, que violam a privacidade das pessoas e comprometem a sua dignidade.
Para Sara Norte, o caso reflete uma realidade que as redes sociais têm vindo a agravar e que necessita de legislação específica para proteger as vítimas de abusos online.
Como sublinhou: “As redes sociais já atingiram um patamar em que tem de haver legislação”.
A exposição pública deste tipo de violência digital, segundo a comentadora, deve servir de alerta para a implementação de leis que punam a violação de privacidade e a adulteração de imagens pessoais.
Sara Norte junta-se, assim, ao grupo de figuras públicas que têm chamado a atenção para a necessidade de mais controlo e regulamentação no mundo digital, sublinhando o impacto psicológico e emocional que estas invasões podem ter, especialmente numa era em que a exposição e a vulnerabilidade online são tão prevalentes.