Sandra Felgueiras, a renomada jornalista de investigação da TVI, fez revelações surpreendentes durante uma entrevista à revista TV 7 Dias, onde falou abertamente sobre os cuidados que adota em relação à sua segurança pessoal e familiar…
Conhecida pelo seu trabalho audacioso e muitas vezes controverso, a jornalista não esconde as dificuldades e os riscos que envolvem a sua profissão, especialmente quando se trata de investigar temas sensíveis e de grande repercussão pública.
Questionada sobre a sua segurança no dia a dia, Sandra Felgueiras foi clara ao admitir que adota precauções especiais devido à natureza da sua atividade. “Tento não andar. Tenho momentos em que ando, não vou ser hipócrita. Quando foi o caso das Gémeas andei atenta a todas as movimentações à minha volta. Hoje em dia não estou a fazer nada que considere muito perigoso e, portanto, sinto-me mais relaxada”, revelou a jornalista. Estas palavras demonstram a preocupação constante com o seu bem-estar e com os possíveis perigos que podem surgir a partir da investigação de temas delicados e polémicos.
Além das precauções que toma enquanto trabalha, Sandra Felgueiras também se preocupa com a segurança da sua filha, Sara. Em uma conversa franca, a jornalista revelou que, devido à sua profissão, sente uma tensão extra em relação à filha e aos cuidados que deve ter para garantir a segurança de ambas. “Tenho muito cuidado com a Sara, vivo outra tensão com ela, que é ela querer ter cartão de saída da escola, porque as amigas têm, mas ela não vai ter”, contou Sandra. Ela explicou que essas medidas são necessárias porque a sua profissão exige um nível de segurança que a maioria das pessoas não precisa, o que impacta diretamente a vida familiar.
Sandra Felgueiras também comentou sobre as ameaças e momentos de tensão que já enfrentou ao longo da sua carreira. Embora reconheça que não recebe ameaças frequentes, a jornalista relembrou episódios de grande pressão e perigo, como a investigação sobre os Comandos, onde chegou a ser mandada para uma valeta na Segunda Circular, um episódio que a fez perceber a gravidade das ameaças. Mais recentemente, durante a investigação sobre o caso das gémeas luso-brasileiras, houve uma invasão à arrecadação que lhe foi atribuída, o que levou à necessidade de reforçar as medidas de segurança no seu prédio.
Embora a jornalista tenha mencionado a presença de riscos e tensões na sua profissão, ela também se mostrou mais tranquila em relação à atualidade. “Hoje em dia não estou a fazer nada que considere muito perigoso”, afirmou, aliviada com o facto de as circunstâncias terem mudado e de não estar envolvida em situações tão arriscadas como no passado. No entanto, os desafios e as precauções diárias fazem parte da rotina de Sandra Felgueiras, que, apesar de tudo, continua a exercer a sua profissão com coragem e dedicação.
Este depoimento de Sandra Felgueiras evidencia a coragem de uma jornalista de investigação que, ao longo dos anos, tem enfrentado situações de risco em nome da verdade e do compromisso com o jornalismo de qualidade. A sua história é um exemplo da resistência e das adversidades enfrentadas por profissionais que, como ela, se dedicam a temas complexos e muitas vezes perigosos, sem abrir mão da ética e da responsabilidade na busca pela informação.