Caso Mónica Silva: Contradições de Fernando Valente complicam investigação
Investigação revela incongruências nas declarações do suspeito da morte da grávida da Murtosa.
O processo em torno da morte de Mónica Silva, a grávida da Murtosa, ganha novos contornos à medida que surgem contradições nas declarações de Fernando Valente, principal suspeito do crime. A investigação aponta para incongruências nos relatos do empresário, especialmente no que toca ao início da relação entre ambos e à natureza dos seus contactos.
Fernando Valente afirmou ter conhecido Mónica apenas em 2022, através de um amigo de infância que lhe teria mostrado o perfil da jovem numa rede social. No entanto, os investigadores encontraram evidências que contrariam essa versão. Nas segundas buscas à casa do empresário, realizadas em maio de 2023, foi descoberta uma chamada entre Mónica e Fernando datada de 22 de outubro de 2022. A ligação, que durou cerca de 10 minutos, foi acompanhada por uma mensagem enviada por Mónica no mesmo dia, que dizia: “Quero falar contigo sobre ir contigo”.
Essas descobertas indicam que a ligação entre Mónica e Fernando pode ter começado antes do único encontro sexual que o suspeito alega ter ocorrido em janeiro de 2023. Essa nova linha temporal levanta questões sobre a verdadeira natureza do relacionamento entre ambos e a credibilidade das declarações de Fernando Valente.
Além disso, a contradição no depoimento do suspeito torna ainda mais complexa a investigação. A mensagem de Mónica sugere um planeamento ou uma interação contínua, algo que não condiz com o relato de um único encontro físico. Estas revelações adicionam mais peso à tese de que Fernando Valente estaria a omitir detalhes cruciais sobre a relação e os eventos que levaram à morte de Mónica.
Com o avanço das investigações, a polícia continua a reunir provas para esclarecer as circunstâncias do crime. A descoberta das chamadas e mensagens desafia a narrativa de Fernando Valente, que poderá enfrentar um maior escrutínio nas próximas fases do processo judicial. A tragédia que abalou a Murtosa continua a ser alvo de atenção nacional, enquanto familiares e amigos de Mónica aguardam justiça.