Atriz revela que transformou o luto em humor e defende que falar sobre a morte é essencial
Raquel Tillo, de 31 anos, revelou recentemente que a perda do pai, quando tinha apenas 10 anos, teve um impacto determinante no seu percurso de vida e na forma como se tornou humorista. A atriz de A Fazenda partilhou que, para evitar ser vista como uma “coitadinha”, aprendeu a usar o humor como ferramenta para lidar com a dor, criando piadas sobre o assunto e tornando-se uma pessoa mais leve e descontraída.
“Parte da razão pela qual sou tão engraçada, ou acho que sou bastante engraçada, é porque o meu pai morreu”, confessou. Segundo Raquel, brincar com a situação ajudava a desviar a atenção da tragédia e a transformar o desconforto das pessoas em momentos mais leves. “Há quem não perceba, há quem se identifique e até me dê um ‘high five’”, revelou.
A atriz também fez questão de abordar a forma como a sociedade lida com a morte, defendendo que deveria ser um tema mais discutido. Para Raquel, o silêncio em torno da perda só torna a dor mais difícil de suportar. “Toda a gente conhece alguém que morreu, e se não falarmos sobre isso, a dor torna-se muito maior”, afirmou. A humorista partilhou ainda que sentia frustração quando as pessoas pediam desculpa ao mencionar o seu pai. “Que nervos, porque é que me estás a pedir desculpa? Fala só sobre isso!”, desabafou.
Apesar de ter usado o humor como escudo, Raquel admitiu que só na fase final da adolescência começou a processar verdadeiramente a perda. “A partir dos 18 é que comecei a lidar com a perda do meu pai de uma forma mais real”, explicou à Caras em outubro. A atriz reconhece que a ausência de um pai é um luto contínuo, que nunca desaparece, mas sublinha que guarda memórias felizes que a ajudam a seguir em frente.
A história de Raquel Tillo mostra como o humor pode ser uma ferramenta poderosa para enfrentar momentos difíceis. Ao transformar a sua dor em comédia, a atriz encontrou um caminho único para lidar com a perda e, ao mesmo tempo, sensibilizar o público para a importância de normalizar conversas sobre a morte.