“Era muito centrada nela”, confessa
Paulo Pires foi o convidado especial do programa “Em Família”, transmitido no passado sábado, 24 de agosto, na TVI. Durante a rubrica ‘A Entrevista Que Ninguém Quer Dar’, conduzida por Ruben Rua, o ator foi desafiado a nomear um colega de trabalho com quem não tenha gostado de contracenar. A resposta de Paulo Pires trouxe à tona um episódio menos conhecido da sua carreira.
“Nomeia um ator ou uma atriz com quem não tenhas gostado de contracenar por alguma razão”, desafiou Ruben Rua. Paulo Pires, embora inicialmente hesitante, decidiu partilhar a sua experiência. “Eu trabalhei com uma atriz espanhola num filme português, ‘Do Outro Lado do Mundo’, em 2008, e não adorei trabalhar com ela. Até gostei dela. Ela chama-se Mercè Llorens, é catalã, e eu não adorei trabalhar com ela”, começou por explicar. “Até estou meio nervoso de estar a dizer isto, não faz muito o meu género. Mas… E ela é uma atriz talentosa”, acrescentou.
O ator português explicou que o motivo do seu desagrado residia na abordagem de Mercè Llorens durante as filmagens. “Ela fez uma coisa no filme com a qual eu não concordo nessa forma de estar, que é, muitas vezes em cinema e em televisão, fazemos primeiro o lado dela e depois o meu. E quando fizemos o meu lado, ela na contracena deu 30%. Não estava a valer o lado dela e depois, quando foi o lado dela, ela deu 150%. Eu disse: ‘Isto não cola com o que eu fiz’”, relatou Paulo Pires, descrevendo a falta de reciprocidade na entrega emocional durante as cenas.
O ator destacou ainda a importância da generosidade entre colegas de profissão, algo que, segundo ele, nem sempre encontrou na sua experiência com Mercè Llorens. “Havia uma forma de estar muito centrada nela. E eu, felizmente, tenho tido essa sorte de conhecer atores generosos. (…) E esta atriz não a achei muito generosa. Era uma atriz talentosa, mas não a achei muito generosa”, concluiu.
Com estas revelações, Paulo Pires partilhou uma perspectiva rara sobre os desafios de trabalhar em equipa no mundo do cinema e da televisão, sublinhando a importância de uma cooperação genuína entre os atores para o sucesso de qualquer produção.