Em tempos, os carros telecomandados Nikko foram um dos brinquedos mais cobiçados, prometendo aventuras emocionantes em qualquer terreno.
Um “Cool Factor” Imbatível
Os anos 90 foram marcados por anúncios que faziam brilhar os olhos das crianças e, na época natalícia, os carros telecomandados Nikko não ficavam atrás. Estes pequenos veículos aclamavam capacidades fantásticas — escalar rochas, atravessar terrenos agrestes — atributos que nem sempre correspondiam à realidade, mas que fascinavam e alimentavam o imaginário dos mais jovens, especialmente os rapazes. Mesmo quando os carros não correspondiam totalmente às expectativas, tinham um estilo único, quase desafiador, que os tornava irresistíveis.
A Hierarquia dos Carros telecomandados
Nem todos os carros telecomandados eram iguais, e, entre as crianças da época, existia uma hierarquia muito clara. No topo, reinavam os carros telecomandados Nikko, distribuídos em Portugal pela Concentra. Estes modelos destacavam-se pela robustez, estilo arrojado e pela maior capacidade de manobra. Abaixo, ficavam os “imitadores”, com modelos mais económicos e menos sofisticados, mas que cumpriam o papel de proporcionar diversão a um preço mais acessível. E, na base da pirâmide, estavam os modelos mais simples, coloridos e por vezes até ligados ao comando por um fio, sendo os primeiros carros teleguiados de muitas crianças.
De Companhia de Rua a Memória Nostálgica
Era comum ver, nas ruas e jardins, crianças a controlar os seus carros Nikko com entusiasmo. Infelizmente, com o avanço da tecnologia e o surgimento de brinquedos mais sofisticados, os carros teleguiados acabaram por ser relegados ao passado, substituídos por gadgets mais modernos. Contudo, para quem cresceu com um carro telecomandado Nikko, a lembrança do Natal em que o recebeu e das aventuras que viveu com ele continua viva e inapagável.