A série “Os Andrades”, transmitida na RTP 1 entre 1994 e 1997, conquistou o público com seu retrato autêntico da vida familiar portuense. Criada por talentosos autores como Álvaro Magalhães e Manuel António Pina, a história mergulhava no cotidiano de uma família de classe média.
A Família no Centro da História
No coração da série está a família Andrade: Marcial, um funcionário público, sua esposa Rosário, uma modista, e seus filhos Lila e Zezé. Morando com a sogra Zulmira, a família navegava por situações divertidas e emocionantes que refletiam a realidade portuguesa.
Personagens Inesquecíveis
Zulmira, interpretada por Maria Dulce, era a clássica sogra mal-humorada, sempre provocando o genro Marcial. Este, vivido por Mário Moutinho, adorava futebol e sofria com as constantes “cutucadas” da sogra. Rosário, papel de Arlete de Sousa, tentava manter a paz familiar.
Os filhos também tinham sua personalidade: Lila, de 18 anos, estudiosa e disputada pelos rapazes, e Zezé, de 10 anos, um jovem apaixonado por banda desenhada e meio ambiente.
Mais que uma Série de Comédia
“Os Andrades” não era apenas uma comédia familiar. A série capturava nuances da sociedade portuguesa dos anos 90, mostrando as relações familiares, os desafios do dia a dia e o humor típico do Porto.
Personagens como Idalino, melhor amigo de Marcial, e Conceição, a vizinha fofoqueira, davam ainda mais cor e vida à narrativa.
O Legado
Mesmo com apenas duas temporadas, a série deixou uma marca profunda na televisão portuguesa. Até hoje, “Os Andrades” é lembrada com carinho por quem acompanhou as aventuras desta família tão próxima e divertida.
A série mostrou que o cotidiano, quando bem retratado, pode ser mais fascinante que qualquer drama elaborado. Cada episódio era como um espelho da vida real, cheio de humor, amor e pequenos conflitos que todos reconheciam.
Curiosidade
Embora tenha sido produzida em 1993, a primeira temporada só foi ao ar em 1994, e a segunda em 1997, mostrando que nem sempre a produção televisiva segue um caminho linear.
“Os Andrades” continua sendo um documento precioso da cultura televisiva portuguesa, celebrando a família, o humor e as relações humanas de uma forma única e inesquecível.