Febres altíssimas, infeção grave e uma corrida contra o tempo marcaram as últimas horas do vocalista da Ala dos Namorados
Os últimos dias de vida de Nuno Guerreiro, vocalista da Ala dos Namorados, foram marcados por sofrimento intenso e uma luta desesperada contra uma infeção generalizada que acabou por ser fatal. A médica Clara Capucho, amiga próxima do cantor, revelou os momentos de angústia vividos pelo artista antes de ser internado em estado grave. “Ele não estava nada bem”, começou por contar à revista TV7 Dias, visivelmente emocionada.
Segundo Clara Capucho, Nuno procurou ajuda médica assim que os sintomas se agravaram, tendo recorrido a ela numa tentativa desesperada de controlar as febres altas e o mal-estar persistente. “Infelizmente, a infeção foi grave e levou-o à morte. Toda a gente fez tudo por ele”, garantiu a médica, sublinhando que tudo foi tentado para salvar o músico. A infeção, apesar dos esforços médicos, acabou por se alastrar, levando à sua hospitalização urgente.
Manuel Moura dos Santos, manager e amigo pessoal do cantor, acrescentou que os primeiros sintomas surgiram cerca de uma semana antes da morte. Após uma ida ao Centro de Saúde de Loulé, Nuno foi encaminhado para o hospital, onde o seu estado se deteriorou rapidamente. Segundo relatou uma fonte familiar, quando deu entrada no Hospital de São Francisco Xavier, o artista apresentava um quadro clínico preocupante, com febres altíssimas e sangue na urina, sendo imediatamente transferido para os Cuidados Intensivos.
Face aos rumores que circularam nos últimos dias sobre uma possível infeção associada ao HIV, Moura dos Santos foi perentório: “Isso não tem fundamento. Foram-lhe feitas todas as análises e não foi detetado nada disso.” A família, em contacto constante com os profissionais de saúde, acompanhou de perto a evolução clínica e confirma que não havia qualquer diagnóstico prévio que explicasse tamanha gravidade.
Enquanto se aguarda o resultado da autópsia para esclarecer de forma definitiva a causa da morte, a hipótese médica mais plausível continua a ser uma infeção fulminante. A morte de Nuno Guerreiro aos 52 anos deixa o país em choque e o mundo da música órfão de uma das vozes mais singulares da música portuguesa. O seu talento e sensibilidade continuarão a ecoar nas canções que eternizou.





