Cantora portuguesa partilhou nova consciência sobre pobreza, gratidão e humanidade
A cantora Micaela viveu recentemente uma experiência transformadora durante uma viagem a Cuba e não escondeu o impacto emocional que trouxe consigo. De regresso a Portugal, a artista marcou presença no programa ‘Casa Feliz’, da SIC, esta terça-feira, 29 de abril, onde partilhou com emoção aquilo que viu e sentiu. A viagem, inicialmente pensada como umas simples férias, acabou por tornar-se numa verdadeira lição de vida.
Micaela revelou que foi a sua primeira vez no país caribenho, uma visita que fez com grande curiosidade. No entanto, ao invés de visitar Havana, a cantora esteve em Cayo, uma zona menos turística e mais isolada. Foi precisamente esta escolha que a confrontou com a realidade dura do povo cubano. “Tive uma realidade mais triste”, confessou, sublinhando que se deparou com uma pobreza extrema que a deixou profundamente tocada.
“Cuba está desprovida de muita coisa”, explicou Micaela, destacando que, apesar das limitações, o povo cubano mantém uma atitude de generosidade e humanidade. “Têm tão pouco e mesmo assim querem partilhar. São pessoas humildes, afetuosas e generosas”, afirmou, acrescentando que se sentiu emocionalmente abalada ao perceber como aqueles que têm menos conseguem ainda sorrir e acolher os outros de forma calorosa.
A artista referiu ainda o racionamento alimentar que afeta a população: “Isto é assustador, termos esta realidade tão perto de nós”. Para Micaela, o contraste com a forma como se vive na Europa foi chocante e, ao mesmo tempo, revelador. “Há tanta gente que se queixa e de repente chegas ali, és tomada daquela realidade, e pensas ‘como eu sou uma felizarda’”, desabafou, emocionada.
Este testemunho de Micaela, além de mostrar um lado mais sensível da cantora, serviu também como um alerta para a realidade vivida por milhões de pessoas em países com dificuldades socioeconómicas. A viagem transformou-se numa experiência de introspeção e empatia, lembrando aos portugueses o valor das pequenas coisas e a importância de olhar o mundo com mais compaixão e gratidão.