Assistente pessoal de saúde desde 2022, Strappetti era um dos homens de maior confiança do pontífice
O mundo chorou esta segunda-feira a morte do Papa Francisco, aos 88 anos, vítima de um acidente vascular cerebral (AVC). Nos últimos momentos de vida, o pontífice fez um gesto que emocionou todos os que o acompanhavam: acenou ao seu enfermeiro pessoal, Massimiliano Strappetti, com quem partilhava uma ligação de profunda confiança e gratidão.
Massimiliano Strappetti, de 56 anos, era já uma figura bem conhecida nos corredores do Vaticano. Com uma carreira sólida no Hospital Gemelli, em Roma — unidade de referência para o tratamento dos papas — trabalhou no serviço de Reanimação durante vários anos. Posteriormente, ingressou no Serviço de Saúde da Santa Sé, onde também prestou cuidados aos papas João Paulo II e Bento XVI.
A relação próxima com o Papa Francisco começou a destacar-se em 2021, quando o enfermeiro recomendou que o pontífice não adiasse uma cirurgia de emergência à diverticulite. O Papa não esqueceu o gesto e chegou a dizer publicamente que Strappetti “lhe salvou a vida”. Um ano depois, em 2022, foi nomeado assistente pessoal de saúde do Papa, passando a acompanhá-lo diariamente, sobretudo após o agravamento das suas condições de saúde.
Discreto quanto à sua vida pessoal, sabe-se apenas que Strappetti é casado, faz voluntariado e é adepto do clube italiano Lazio. Nas semanas que antecederam a morte de Francisco, esteve sempre ao seu lado, garantindo assistência contínua, dia e noite. No Domingo de Páscoa, o Papa perguntou-lhe se teria forças para cumprir a agenda programada. Strappetti tranquilizou-o. O Santo Padre agradeceu e disse: “Obrigado por me levares de volta à praça”.
De acordo com informações da agência do Vaticano, Francisco teve uma tarde serena e jantou normalmente, antes de apresentar sinais de indisposição pelas 05h30. O último gesto consciente foi um aceno emocionado a Strappetti, já deitado, antes de entrar em coma. Fontes próximas garantem que o Papa não sofreu e partiu em paz, rodeado pelos que mais confiava — entre eles, o enfermeiro que acompanhou cada passo do seu caminho final.






