Marisa Paredes, reconhecida por colaborações emblemáticas com Pedro Almodóvar, deixa um legado inesquecível.
O mundo do cinema despede-se de Marisa Paredes, uma das figuras mais marcantes da sétima arte espanhola. Nascida em Madrid, em 1946, a atriz faleceu, deixando um vasto legado com mais de 75 participações no grande ecrã. A Academia Espanhola de Cinema confirmou a notícia esta segunda-feira, 16 de dezembro, através da rede social X (anteriormente Twitter), destacando: “O cinema espanhol perde uma das suas atrizes mais emblemáticas.”
Uma carreira construída com talento e intensidade
Marisa Paredes iniciou a carreira aos 14 anos, mas foi em 1983, com “Na Escuridão”, a primeira de várias colaborações com Pedro Almodóvar, que conquistou projeção. Trabalhando juntos em filmes icónicos como “Tacones Lejanos”, “Todo sobre mi madre”, “Flor de mi secreto”, “Hable con ella” e “La Piel que Habito”, Paredes tornou-se um rosto incontornável do cinema espanhol e internacional.
Reconhecida e premiada
Entre os vários galardões, Marisa Paredes recebeu o Goya honorário em 2018, um reconhecimento pela sua contribuição ao cinema. Além do trabalho com Almodóvar, a atriz também brilhou em produções internacionais, como o aclamado “A Vida é Bela”, de Roberto Benigni, e “As Costas do Diabo”, de Guilherme del Toro.
Um ícone da cultura espanhola
Entre 2000 e 2003, Marisa Paredes presidiu à Academia Espanhola de Cinema, demonstrando o seu compromisso com a promoção da cultura e da arte cinematográfica. Com um estilo inconfundível e uma entrega profunda às suas personagens, deixa uma marca indelével na história do cinema.
O mundo do cinema, em Espanha e além-fronteiras, chora a perda de uma atriz cuja paixão e talento atravessaram gerações, criando uma obra que permanecerá eterna.