A escritora Maria João Costa utilizou o Instagram para partilhar um desabafo emocionante sobre a morte trágica de Afonso Gonçalves, um jovem de 21 anos que perdeu a vida após ser atropelado em Lisboa…
O acidente, ocorrido há cerca de um mês, envolveu um taxista que, segundo relatos, fugiu do local, deixando Afonso a agonizar até à morte. A publicação de Maria João Costa veio acompanhada de uma forte crítica à falta de justiça no caso.
“Conheci o Afonso quando era pequenino. Filho de um dos meus melhores amigos de adolescência”, escreveu a autora de Cacau, recordando a ligação pessoal com a vítima.
Afonso foi atropelado numa passadeira, enquanto o semáforo estava verde para peões, mas a violência do impacto foi tal que o jovem foi projetado a 17 metros de distância. O taxista, responsável pelo acidente, só foi encontrado 48 horas depois.
O que mais chocou Maria João Costa e o público foi o facto de o motorista ainda não ter sido presente a um juiz. “A justiça considera ok ele continuar em liberdade e a conduzir como se nada fosse”, destacou a escritora.
A indignação é ampliada pelo histórico do condutor, que já tinha atropelado mortalmente outra pessoa quatro anos antes e tem um cadastro por abuso de menores. Apesar desse histórico, o homem continua em liberdade, com pena suspensa, o que gerou uma onda de revolta.
Maria João Costa terminou o seu apelo com uma chamada à ação. Incentivou os seus seguidores a visitarem o perfil criado pela família de Afonso Gonçalves para acompanhar o caso e ajudarem a divulgar a situação:
“Poderei ser eu amanhã a ser apanhada por esse taxista ou um de vocês ou um dos vossos filhos ou amigos. Partilhem, partilhem, partilhem!”, escreveu, num esforço para pressionar as autoridades e garantir que a justiça seja feita.
Este caso já foi abordado na reportagem “Passadeira da Morte”, da jornalista Sandra Felgueiras, transmitida no passado dia 18, durante o “Jornal Nacional”, da TVI.
A reportagem trouxe luz a uma situação que está a gerar uma enorme comoção, especialmente pelo sentimento de impunidade e falta de justiça em relação à reincidência do motorista.
A morte de Afonso Gonçalves trouxe novamente à tona o debate sobre a segurança rodoviária e a eficácia da justiça em Portugal, deixando muitas perguntas sobre o que pode ser feito para evitar que casos como este continuem a acontecer.
Veja a foto a seguir.






