O cantor Marco Paulo faleceu no dia 24 de outubro de 2023, deixando um legado de música e um testamento que gerou polémica entre os herdeiros e os colaboradores da sua residência
A Morte de Marco Paulo e o Legado Deixado
Marco Paulo, uma das figuras mais queridas da música portuguesa, faleceu no passado dia 24 de outubro aos 79 anos, vítima de cancro, deixando os fãs e a família em luto. O cantor, que durante décadas encantou o público com a sua voz inconfundível, não só conquistou a fama, mas também construiu uma vida cheia de histórias e amizades. No entanto, após a sua morte, surgiram algumas questões complicadas, relacionadas principalmente com o seu testamento e a gestão dos seus bens.
Herdeiros e Controvérsias: A Casa de Sintra e o Usufruto
Os herdeiros legais de Marco Paulo, conforme estipulado no seu testamento, são o afilhado, Marco António, e o compadre, António Coelho (Toni), com quem o cantor tinha uma relação próxima. No entanto, surgiram algumas questões relativas à gestão da sua propriedade em Sintra, onde Marco Paulo vivia. Segundo informações divulgadas pela revista Nova Gente, o compadre António Coelho foi nomeado para ficar com o usufruto da casa, o que significa que ele pode viver e gerir a propriedade, mesmo que a sua posse final pertença aos herdeiros. Esta decisão gerou alguma polémica, sobretudo no que diz respeito à gestão do pessoal da casa.
A Dispensa de Empregados e as Mudanças na Casa de Sintra
De acordo com relatos, na véspera da leitura do testamento, a 30 de outubro, António Coelho terá chamado dois empregados da casa de Marco Paulo e dispensado os seus serviços, dando-lhes instruções para deixarem a residência. Este gesto gerou discussões entre os colaboradores e os herdeiros, uma vez que a decisão afetou diretamente as pessoas que, durante anos, trabalharam e conviveram com o cantor. Laurinda, que trabalhou com Marco Paulo durante os últimos 30 anos e vivia na casa, foi uma das exceções, mantendo-se no seu posto, provavelmente devido à sua longa relação com o artista.
A Situação de Antónia e o Despedimento de Funcionários
Outro caso que gerou controvérsia foi o despedimento de Antónia, uma das colaboradoras da casa que ajudava na lida diária e na cozinha. Após a morte de Marco Paulo, Antónia também foi dispensada das suas funções, um facto que levantou questões sobre o tratamento dos empregados na residência do cantor. A decisão de António Coelho de despedir os funcionários, com exceção de Laurinda, tem sido vista como uma medida rigorosa, que pode estar ligada à gestão da casa, mas que também gerou um clima de tensão entre os envolvidos.
As Relações e o Futuro da Propriedade de Marco Paulo
O caso da casa de Sintra e da gestão da sua propriedade será um ponto de discussão nos próximos tempos, principalmente porque envolve não apenas os herdeiros, mas também antigos colaboradores que trabalharam ao lado de Marco Paulo por muitos anos. A convivência entre os envolvidos está a ser alvo de atenção e especulação, já que as decisões tomadas após a morte do cantor podem afetar a maneira como os bens serão geridos e a relação entre todos os herdeiros e colaboradores. O legado de Marco Paulo, que sempre foi uma figura de grande carisma e afeto no panorama da música portuguesa, continua a ser lembrado, mas agora, também, é alvo de uma nova fase, marcada por desafios familiares e legais.
Neste cenário, a figura de António Coelho ganha destaque, já que, além de compadre de Marco Paulo, ele parece ter um papel significativo na gestão do testamento e da propriedade. O futuro da casa de Sintra e das memórias de Marco Paulo ficará, assim, dependente das escolhas e das decisões tomadas pelos seus herdeiros e pelas pessoas mais próximas.