A fuga de reclusos de Vale dos Judeus fez com que Marco Horácio desse a sua opinião sobre o estado do país
Marco Horácio não ficou indiferente ao clima de indignação em torno da recente fuga de reclusos do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, e fez questão de partilhar a sua opinião através de um comentário numa publicação de Pedro Fernandes no Instagram, esta terça-feira.
Visivelmente frustrado com a situação atual do país, o comediante desabafou sobre o que considera ser um Portugal cada vez mais “de aparências”. “Um Portugal cada vez mais de aparências e a tentar com uma pobre maquilhagem disfarçar as olheiras dos portugueses. Começa a ser muito cansativo viver neste país que é um destino perfeito de férias para os outros e para os que cá estão e pagam demasiados impostos, para os tais projetos megalómanos e borradas dos sucessivos governos, uma luta diária para sobreviver”, escreveu.
No seu desabafo, Marco Horácio destacou ainda a sua perceção sobre a falta de apoio aos cidadãos que, segundo ele, são os principais responsáveis por fazer de Portugal um dos destinos turísticos mais cobiçados do mundo, mas que, ao mesmo tempo, sofrem com as dificuldades diárias. “Eu acredito que cada país deve, acima de tudo, cuidar dos seus cidadãos primeiro, porque graças a esses cidadãos que Portugal é considerado um dos melhores destinos do Mundo. E que destino tem Portugal para nós?”, questionou.
O humorista continuou a sua reflexão, criticando as condições precárias que muitos enfrentam dentro do país, apesar da imagem exterior que se procura projetar: “De nada serve ter uma casa com paredes lindas pintadas a Mar se dentro da mesma casa não há alegria, não há esperança, não há as condições básicas de saúde, educação e segurança e, acima de tudo, não há amor ou mesmo respeito aos contribuintes.”
A mensagem de Marco Horácio terminou com um pedido de desculpa ao amigo Pedro Fernandes pelo tom do desabafo, mas sublinhando o papel que figuras públicas podem e devem ter na sociedade. “Desculpa o desabafo, Pedro, e obrigado pelo teu pequeno abanão. Uma das funções das ‘figuras públicas’, a meu ver”, rematou.