A Avenida da Liberdade encheu-se de cor, luz e alegria na noite desta quinta-feira, 12 de junho, para acolher um dos eventos mais emblemáticos da capital portuguesa: o desfile das Marchas Populares de Lisboa…
Como já é tradição, milhares de pessoas juntaram-se para assistir ao espetáculo que celebra a cultura bairrista, o talento das comunidades locais e o orgulho lisboeta.
Num ambiente vibrante, onde a música popular se misturou com o som dos aplausos e o cheiro das sardinhas assadas nas ruas adjacentes, os bairros lisboetas voltaram a mostrar o que melhor sabem fazer: encantar o público com trajes deslumbrantes, coreografias detalhadamente ensaiadas e letras cheias de alma.
Mas não foram só os marchantes que conquistaram atenções nesta noite tão especial. Diversos rostos bem conhecidos do público português deram ainda mais brilho à festa, assumindo o papel de padrinhos e madrinhas das marchas — uma tradição que liga o mundo do espetáculo à essência popular da cidade.
Entre os destaques da noite, Luciana Abreu foi uma das figuras mais aplaudidas, ao surgir como madrinha da marcha de Marvila, com a sua habitual energia contagiante. Joana Diniz não passou despercebida ao lado da marcha da Graça, trazendo garra e entusiasmo ao desfile. Por sua vez, a fadista Raquel Tavares, com uma ligação profunda a Alfama, brilhou intensamente pela marcha do seu bairro de coração. Já Ana Garcia Martins — mais conhecida como A Pipoca Mais Doce — desfilou com graça e sentido de humor pela marcha da Madragoa, arrancando sorrisos ao longo do percurso.
A presença destas figuras públicas contribuiu para reforçar a ligação entre a cultura popular e os ícones do entretenimento nacional, num evento que é, acima de tudo, uma celebração da identidade lisboeta.
Com uma produção cuidada e uma envolvência comunitária rara, as Marchas Populares continuam a ser um marco no calendário das Festas de Lisboa. Mais do que uma competição entre bairros, trata-se de um espetáculo de tradição, união e emoção, onde o verdadeiro prémio é o orgulho de desfilar pela cidade que todos partilham.
E assim, Lisboa voltou a dançar ao som das suas marchas, ao ritmo da sua história e sob o olhar apaixonado de quem, ano após ano, mantém viva esta herança cultural.