Manuela Moura Guedes foi a convidada mais recente do podcast Menos Pausa, apresentado por Júlia Pinheiro, onde falou abertamente sobre um período difícil da sua vida marcado por problemas de saúde inesperados e incapacitantes…
A jornalista recordou crises debilitantes de tonturas e vómitos que a levaram a buscar diversas explicações médicas, mas sem um diagnóstico claro.
A primeira crise aconteceu de forma repentina, deixando até o marido de Manuela preocupado. “Tive a primeira crise de tonturas e vómitos. Pensaram que era aquela coisa dos cristais, não era nada disso. O meu marido, quando me viu, pensou que eu estava a ter um AVC”, contou a comunicadora. Apesar de realizar diversos exames, os médicos não conseguiram identificar a causa exata das crises, embora houvesse uma ligação a uma surdez súbita que Manuela desenvolveu num dos ouvidos, pouco depois de tomar a vacina da Covid-19.
Os sintomas prolongaram-se por mais de um ano, período em que a jornalista também lidou com enxaquecas frequentes, e chegou a ser diagnosticada com enxaqueca vestibular. “Foi um período de um ano e tal, com muitas enxaquecas. A última hipótese que me deram era essa [enxaqueca vestibular], mas foi uma fase horrível”, revelou.
Manuela também partilhou episódios embaraçosos que enfrentou publicamente devido à sua condição. “Cheguei a ter essas crises na Baixa de Lisboa. Ia a entrar no carro e, de repente, começa aquela coisa, a ter vontade de vomitar – e cheguei a vomitar – cheia de vergonha, porque as pessoas passavam, reconheciam-me e perguntavam se eu queria chamar a ambulância. É uma sensação horrível. Não quero que as pessoas falem comigo, não consigo falar com ninguém, quero que me deixem quietinha”, desabafou.
Questionada sobre uma possível relação entre os sintomas e a menopausa, Manuela Moura Guedes afirmou que nenhum médico associou diretamente os problemas àquela fase da vida, mas destacou que encontrou algum alívio ao procurar um biomédico. “Ele dava-me uma espécie de soro, umas coisas boas para o fígado, e depois receitou-me coisas hormonais. Não tinham a ver com a menopausa, mas acabavam por ter, porque ajudavam no equilíbrio”, concluiu.
A sinceridade de Manuela Moura Guedes durante a conversa emocionou os ouvintes e reforçou a importância de discutir questões de saúde feminina e os desafios de lidar com diagnósticos incertos, mostrando que até figuras públicas passam por momentos de vulnerabilidade.