Alice Mackey, diagnosticada com depressão pós-parto, foi sentenciada a quatro anos de prisão após tirar a vida da própria filha em Hampshire, Inglaterra.
Um caso chocante abalou recentemente a comunidade de Hampshire, na Inglaterra: Alice Mackey, uma mulher que enfrentava uma grave depressão pós-parto, foi condenada a quatro anos de prisão pela morte da filha Annabel, de apenas dois anos. A tragédia, ocorrida em setembro de 2023, expôs os perigos da depressão pós-parto quando não tratada e levantou questões sobre apoio à saúde mental materna.
Annabel desapareceu no dia 10 de setembro de 2023 e foi encontrada pouco depois inconsciente num lago. A menina foi imediatamente transportada para o hospital em estado crítico, mas acabou por falecer na tarde seguinte, deixando familiares e amigos em choque. Durante o julgamento, ficou evidente que Alice agiu enquanto se encontrava num estado de “responsabilidade diminuída”, conforme atestaram dois psiquiatras independentes.
O juiz Saini, do Tribunal da Coroa de Winchester, declarou que Alice matou a filha “com base numa crença de que a melhor forma de a proteger de uma má mãe seria matando-a”. Segundo o magistrado, Alice acreditava erroneamente que Annabel estava a sofrer consigo e que não estaria segura sob os seus cuidados.
Durante o tribunal, foi revelado que Alice se sentia incapaz como mãe e tinha parado de tomar a medicação para a depressão em janeiro de 2023. O advogado de defesa descreveu Alice como uma mulher de “caráter exemplar”, que após anos de abortos espontâneos e tentativas frustradas de fertilização in vitro, tinha idealizado a maternidade como “um momento de alegria”, apenas para enfrentar uma “crise profunda” quando a realidade se revelou diferente.
O juiz classificou o caso como “profundamente trágico” e salientou que Alice sofria de distúrbios mentais desde o nascimento da filha, reforçando a complexidade do crime e a necessidade de olhar atento para os casos de depressão pós-parto.
Especialistas em saúde mental alertam que este caso evidencia a importância de acompanhamento contínuo de mães que enfrentam transtornos pós-parto, incluindo apoio psicológico e supervisão médica rigorosa, para evitar desfechos dramáticos como este.
A morte de Annabel Mackey deixa uma marca profunda e relembra a sociedade sobre os efeitos devastadores da depressão materna não tratada, reforçando a necessidade de empatia, prevenção e intervenção precoce.





