Nesta segunda-feira, 25 de novembro, Luana Piovani emocionou-se durante uma participação no programa Sem Censura, da TV Brasil…
A atriz relembrou o episódio de violência doméstica que sofreu e fez duras críticas à forma como foi tratada pela sociedade e pela empresa para a qual trabalhava na época. Com declarações contundentes, Piovani expôs não apenas a dor da agressão, mas o impacto devastador do julgamento social que enfrentou.
A Dor Além da Agressão
“A maior dor que eu passei não foi ter sido agredida, foi o que a sociedade fez comigo depois”, afirmou Piovani, visivelmente emocionada. O caso, que aconteceu em 2008, foi um dos primeiros episódios de violência doméstica denunciados publicamente por uma celebridade no Brasil. A atriz destacou que, na época, não havia um movimento consolidado de apoio às mulheres vítimas de violência, tornando o processo ainda mais solitário e doloroso.
Falta de Suporte e Hostilidade
Piovani descreveu o abandono que sofreu por parte da sociedade e do seu ambiente profissional. “A empresa para a qual eu trabalhava tratou-me mal. Eu não tive suporte de absolutamente ninguém que não fossem os meus pais, os meus cinco amigos que souberam e o meu terapeuta”, relatou. Segundo a atriz, muitas pessoas a acusaram de usar a situação para se autopromover, enquanto outras minimizaram o caso, até mesmo enaltecendo o agressor pela sua aparência.
O Papel das Mulheres na Luta Contra o Machismo
A atriz também aproveitou para criticar o machismo enraizado, inclusive entre as próprias mulheres. “O que atrapalha muito a nossa luta são as mulheres machistas, que são quase um terço do planeta machista. Enquanto as mulheres forem machistas, elas dão força aos homens machistas”, pontuou. Piovani destacou a necessidade de desconstrução de estigmas culturais para que mais mulheres possam receber o apoio necessário ao enfrentarem situações semelhantes.
O Caso de Dado Dolabella
Embora não tenha mencionado nomes durante o programa, o caso entre Luana Piovani e Dado Dolabella continua a ser amplamente discutido. O ator foi condenado em 2010, com base na Lei Maria da Penha, pela agressão ocorrida em 2008. No entanto, foi absolvido em 2016 pelo STF, decisão que continua a gerar debates sobre a aplicação das leis de proteção às mulheres no Brasil.
Conclusão: Um Chamado à Reflexão e à Mudança
A história de Luana Piovani é um reflexo da luta contínua contra a violência doméstica e o machismo estrutural. Suas palavras no Sem Censura não apenas expuseram as falhas no apoio às vítimas, mas também serviram como um chamado à conscientização coletiva. Enquanto o julgamento social continuar a silenciar ou desacreditar mulheres vítimas de violência, casos como o de Luana serão um lembrete de que há um longo caminho a percorrer.