Leomarte Freire, ex-concorrente da Casa dos Segredos 8, foi o convidado especial do programa Goucha na sexta-feira, 10 de janeiro, onde partilhou momentos emocionantes e íntimos sobre o seu passado e a sua vida pessoal…
Ao longo da conversa, Leomarte falou abertamente sobre as dificuldades que enfrentou na sua infância, incluindo a perda do pai e os tempos passados num orfanato, mas também refletiu sobre as experiências que o ajudaram a crescer e a descobrir quem realmente é.
Desde o início da sua vida, Leomarte enfrentou adversidades. O seu pai faleceu pouco tempo depois do seu nascimento, o que deixou uma lacuna importante na sua vida. “A minha mãe dá à luz e pouco tempo depois o pai falece”, revelou, acrescentando que cresceu com relatos de quem o conheceu, que sempre lhe falaram “maravilhas” do progenitor. Contudo, também compartilhou que, apesar dos elogios, soubera das falhas do pai, como o seu comportamento mulherengo, e mencionou como isso moldou a sua necessidade de “firmar os pontos”.
A perda precoce do pai e o distanciamento da figura masculina na sua vida foram temas delicados para Leomarte, que revelou sentir muita falta dessa referência paterna. “Dizem que a minha necessidade de firmar os pontos é muito do meu pai”, explicou, refletindo sobre a importância de ter uma referência masculina ao longo da sua vida.
Outro momento difícil da sua infância foi a decisão da sua mãe de colocá-lo num orfanato aos sete ou oito anos. Leomarte explicou que sua mãe, preocupada com o seu futuro, acreditava que o internato o prepararia para seguir uma carreira de polícia, tal como o pai. Contudo, o jovem não lidou bem com a separação da família e, como ele próprio contou, chegou a fugir do orfanato, caminhando 20 quilómetros até conseguir escapar. “Lembro-me de estar a ir para o orfanato e a chorar o caminho inteiro”, disse, emocionando-se ao relembrar o sofrimento daquela fase da sua vida.
Foi após sair do orfanato que Leomarte começou a descobrir mais sobre si mesmo. Ele revelou que, logo após a sua saída, a mãe o levou a um psicólogo e que, nesse momento, começou a compreender e aceitar a sua homossexualidade. “Quando eu saí do internato a minha mãe leva-me ao psicólogo”, contou, agradecendo sempre pelo apoio incondicional da mãe. Este momento de descoberta foi uma viragem importante na sua vida, e Leomarte expressou como foi fundamental o apoio da mãe em todo o processo.
Leomarte Freire, com a sua história de vida forte e cheia de superações, deixou claro que, apesar das dificuldades e desafios, conseguiu encontrar o seu caminho e hoje é grato pelas lições que aprendeu ao longo dos anos. Ele demonstrou uma grande maturidade ao refletir sobre o passado, mas também se mostrou pronto para o futuro, afirmando a importância do apoio familiar em momentos cruciais de autodescoberta.