Irmã do craque recorre às redes sociais para justificar a ausência do capitão da Seleção Nacional, evocando a memória do pai e criticando o “circo mediático”
Katia Aveiro, irmã de Cristiano Ronaldo, quebrou o silêncio este sábado, 5 de julho, para reagir à onda de críticas dirigida ao internacional português pela sua ausência no funeral dos futebolistas Diogo Jota e André Silva. Numa série de publicações emocionadas nas redes sociais, a empresária madeirense defendeu a decisão do irmão e criticou duramente os que, segundo ela, transformam a dor em espetáculo.
Através de uma reflexão partilhada nas stories do Instagram, Katia recordou o funeral do pai, Dinis Aveiro, falecido em 2005, como um exemplo de desrespeito motivado pela fama. “Quando o meu pai morreu, além da dor da perda, tivemos de lidar com a enchente de câmaras e curiosos no cemitério”, relatou. Segundo Katia, a situação foi caótica, com pessoas a destruírem campas e jazigos, numa “destruição total nunca antes vista”, referindo que a sua família mal conseguiu sair da capela devido ao tumulto.
Com base nessa experiência pessoal, Katia sublinhou que compreende a decisão de Cristiano Ronaldo em manter-se afastado das cerimónias fúnebres dos dois jogadores. Para a irmã do atleta, a presença do capitão da Seleção apenas contribuiria para uma mediatização excessiva num momento de dor profunda para as famílias. “É absurdamente vergonhoso assistir a canais de televisão, comentadores e redes sociais a dar ênfase a uma ausência (sábia), do que a homenagear com respeito a dor de uma família destruída”, escreveu.
A empresária deixou ainda um aviso direto aos críticos: “Se alguém me enviar mensagens a criticar o que for do meu irmão, vou bloquear. Já cansa o fanatismo, a crítica a troco de nada”. Katia sublinhou que quem nunca passou por uma perda semelhante não pode compreender a verdadeira dor e apelou a mais empatia e silêncio em momentos de luto.
Antes das publicações, Katia Aveiro já tinha partilhado um texto do escritor Pedro Chagas Freitas, que também defendeu Cristiano Ronaldo. “Se viesse, seria um circo da dor ainda maior. Um funeral não é um espetáculo”, lê-se na citação. Com este gesto, Katia reforça que o luto deve ser respeitado sem julgamento nem exploração mediática.
A ausência de Cristiano Ronaldo no funeral de Diogo Jota e André Silva, que faleceram tragicamente num acidente rodoviário, tornou-se um tema amplamente debatido. Mas, para Katia Aveiro, a sensatez e a dignidade devem prevalecer sobre o ruído. Afinal, como escreveu: “Respeitar a dor é também respeitar todas as respostas que cada um encontra para suportá-la.”