Num momento que já se tornou viral nas redes sociais, Júlia Pinheiro protagonizou esta terça-feira, 22 de abril, uma das entrevistas políticas mais comentadas das últimas semanas, ao receber André Ventura, líder do Chega, no seu programa na SIC…
A conversa decorreu num tom direto, incisivo e sem rodeios, especialmente quando a apresentadora decidiu confrontar o político com o contraste entre as críticas que fez ao Papa Francisco em vida e as palavras elogiosas após a sua morte.
📌 Do confronto à viralidade
“Ontem diz: ‘É um dia de tristeza e sofrimento, o Papa Francisco deixa uma marca inspiradora de proximidade, simplicidade, que a sua vida intensa seja um exemplo para todos os que querem servir a causa pública.’ Mas no passado disse que ‘este Papa tem prestado um mau serviço’. Diga-me lá: é sonso ou é hipócrita?”, atirou Júlia, num momento que arrancou reações imediatas nas redes sociais e deixou o estúdio em silêncio por breves segundos.
🗣️ A resposta de Ventura
André Ventura não se esquivou:
“Nem uma nem outra. Podemos ser da Igreja e ter críticas a fazer. Não é uma mudança de posição: são críticas quando tiveram de ser feitas e reconhecimento do legado quando chega o momento final de avaliar esse legado.”
O líder do Chega reforçou ainda a sua posição crítica face a algumas posturas de Francisco, particularmente em relação à questão da imigração:
“Discordei quando defendeu que devíamos receber todos os imigrantes. E continuaria a discordar, porque não tenho duas caras.”
Ventura sublinhou que se mantém fiel às suas convicções, ainda que reconheça a importância da figura do Papa como líder espiritual:
“Há um momento para fazer críticas e um momento para fazer o luto.”
✉️ Carta (e ausência) que marcaram posição
Recorde-se que André Ventura não participou no encontro com o Papa durante a Jornada Mundial da Juventude, realizada em Lisboa, decisão que justificou posteriormente numa carta enviada ao Vaticano:
“Confesso que podia ter estado no Centro Cultural de Belém com Sua Santidade e não desejei esse encontro. Peço a Deus que me perdoe por isso… Mas tomei a decisão em consciência e assumo-a.”