Tânia Gouveia assume papel de denunciante no caso contra o ex-primeiro-ministro e revela detalhes explosivos sobre fortuna familiar
A tensão familiar no universo que rodeia José Sócrates ganhou novo capítulo dramático. A sua ex-cunhada, Tânia Gouveia, está disposta a tudo para recuperar a herança que considera de direito da sua filha, e promete não ficar calada perante o antigo governante, que já enfrentou múltiplas investigações públicas e judiciais.
No processo que decorre no Campus da Justiça, em Lisboa, Tânia será uma das primeiras testemunhas arroladas pelo Ministério Público na Operação Marquês — o grande julgamento que envolve Sócrates por alegados crimes de corrupção, branqueamento e fraude fiscal. Ela terá entrado em conflito direto com membros da família, acusando-os de usarem a fortuna familiar, do património da mãe de Sócrates, sem prestar contas ou dividir os bens com as herdeiras legítimas.
Nos autos do caso, surgem acusações graves: Tânia Gouveia afirma que sua mãe, que seria sogra de Sócrates, tinha uma herança modesta, mas que bens imóveis foram transferidos para o ex-primeiro-ministro ou terceiros aliados. Ela chegou a classificar essas propriedades como “casinhas de porteira”, minimizando o valor alegado pela família de Sócrates. Flash A ex-cunhada também afirma que ficou sem contacto com o ex-primeiro-ministro e que as suas filhas — netas de Maria Adelaide Monteiro, mãe de Sócrates — foram “ignoradas” no processo sucessório.
A disputa gira essencialmente em torno do que Tânia considera uma distribuição desigual da herança, favorecendo Sócrates e outros familiares diretos, em prejuízo das herdeiras diretas. Em declarações mediáticas, afirma que vai “lutar pelo que é da minha filha por direito.” O momento ganha especial relevo, tendo em conta o simbolismo: será a primeira vez que uma ex-cunhada desempenha papel ativo num julgamento de tamanha magnitude para a família do ex-primeiro-ministro.
Este embate judicial entre membros próximos da família de Sócrates acrescenta uma nova dimensão ao já mediático processo da Operação Marquês. Para o público, não será apenas a acusação estatal que está em julgamento, mas também a disputa de legados familiares e a credibilidade dos vínculos pessoais que João Soares e associados construíram ao longo dos anos.






