José Raposo sofre a morte de Ruy Castelar

Jose Raposo

Jose Raposo

José Raposo vê um bom amigo morrer e sofre com a sua partida.

O ator José Raposo conquistou o coração de muitos amigos e colegas de carreira assim como muitos o conquistaram durante todos estes anos de vida e trabalho.

A sua última partilha não é propriamente feliz e foca-se na despedida em que homenageia o seu grande amigo Ruy Castelar que partiu:

“Deixou-nos ontem o RUY CASTELAR. Grande profissional da rádio, de quem tive o privilégio de ser amigo! O Ruy foi o último dos galãs de uma Lisboa que já não há, um simpático bonacheirão, amigo dos artistas, da noite e do Parque Mayer… e eu vou aqui reproduzir o texto que o amigo comum António Sala publicou, que define na perfeição o Ruy Castelar :
#Repost @antonio_sala_oficial with @use.repost
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“Partiu o meu bom Amigo e grande colega Rádialista Ruy Castelar.
Desde sempre o respeitei imenso. Quando comecei as minhas actividades na Rádio, já o Ruy era um nome consagrado que eu admirava e servia de referência.
Foi o homem que mudou as noites da Rádio em Portugal. Deu vida às emissões nocturnas, num país soturno em que as emissões de Rádio se silenciavam lá pelas 2 da madrugada, e quanto muito recomeçavam pelas seis ou sete da manhã.
Ele acreditava na noite e deu-lhe novas vidas. A Rádio da noite, mudou.
Aliás o Ruy Castelar era um homem da noite. Na tranquila noite lisboeta dos anos sessenta, ele criou o desassossego. Nas boates e discotecas, no teatro, mas acima de tudo na Rádio. Como produtor, criador e locutor de célebres programas da madrugada.
O Ruy era o tipo boémio simpático e folgazão das noites da capital.
Um apaixonado pelo que fazia e que sonhava, e um perfeito apaixonado por lindas mulheres. Um sedutor inveterado e galanteador à moda antiga. Um homem que visto à luz do “politicamente correcto” dos dias que vivemos, estava fora dos padrões que agora nos “conduzem”. As mulheres eram a bússola que orientava a sua vida.
Amou e desamou. Viveu e foi feliz. Implacável nas suas análises políticas e nas suas convicções. Mas sempre tolerante e respeitador dos seus inúmeros Amigos, que não pensavam como ele. Uma figura irrepetivel.
Com a morte do Ruy Castelar, parte um enorme pedaço duma Lisboa que se esfuma pelas brumas da noite. As madrugadas ficam mais escuras. E há por certo mulheres que esta noite vão misturar recordações com lágrimas. E gente como eu que se vai sentir mais vazia e triste.
(continua nos comentários)””.

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