Testemunhas descrevem episódios de violência física e psicológica contra Betty Grafstein
José Castelo Branco, figura conhecida da sociedade portuguesa, enfrenta uma das acusações mais graves da sua vida. Após meses de investigação, o Ministério Público formalizou a acusação de violência doméstica agravada contra o socialite, apontando uma conduta violenta e manipuladora ao longo do casamento com Betty Grafstein, de 96 anos. O processo inclui 14 testemunhos, que retratam episódios de maus-tratos físicos e psicológicos, causando na vítima uma “sensação permanente de medo e insegurança”.
Segundo a TV Guia entre os depoimentos que sustentam a acusação, destaca-se o da empresária angolana Marcella Fernandes, que relatou ter presenciado momentos perturbadores. Um desses episódios ocorreu em março de 2024, antes de um jantar em Lisboa. Segundo Marcella, José Castelo Branco teria gritado com Betty enquanto a vestia, tratando-a de forma desumana. Betty, queixando-se de dores nos pés devido aos sapatos escolhidos, chegou a sussurrar “Help me” (Ajude-me) à empresária. Dias depois, novos relatos descrevem o socialite empurrando Betty no quarto do hotel, levando-a a uma queda que teria exigido hospitalização.
Além destes episódios, o despacho descreve outros atos alegadamente cometidos por José Castelo Branco, incluindo momentos em que apertou o pescoço de Betty ou atirou uma frigideira com óleo a ferver ao chão, durante discussões acaloradas. Estes atos configuram, segundo a acusação, uma violação grave do dever de respeito e proteção que deveria existir na relação matrimonial, especialmente considerando a idade avançada da vítima.
Apesar da gravidade das alegações, a defesa do socialite aponta incongruências nos testemunhos e pretende avançar com um pedido de abertura de Instrução. Entre as testemunhas que a defesa pretende contestar estão, além de Marcella Fernandes, Abel Dias e Roger Basile, filho de Betty Grafstein. A equipa jurídica questiona também a credibilidade de alguns profissionais da área médica que participaram na investigação.
A moldura penal para o crime de violência doméstica agravada prevê uma pena de um a cinco anos de prisão efetiva. Caso o caso siga para julgamento, será um dos processos judiciais mais mediáticos envolvendo uma figura pública em Portugal, podendo marcar um capítulo decisivo na vida de José Castelo Branco. O desenrolar do processo será acompanhado de perto pelos meios de comunicação e pela opinião pública.






