A caracterização do apresentador como Rei Mago no Dia de Reis gerou controvérsia e indignação nas redes sociais.
A emissão de 6 de janeiro do programa Praça da Alegria, da RTP, colocou Jorge Gabriel no centro de uma polémica. O apresentador, que participou numa brincadeira alusiva ao Dia de Reis, caracterizou-se como Baltazar, um dos três Reis Magos, pintando o rosto de negro. Este gesto, que muitos consideram uma prática racista conhecida como blackface, desencadeou uma onda de críticas nas redes sociais, especialmente no X (antigo Twitter) e no Instagram.
A prática de blackface tem raízes históricas controversas, sendo amplamente associada ao racismo. No passado, atores pintavam os rostos de negro para representar de forma estereotipada personagens afro-americanos, perpetuando preconceitos. No caso de Jorge Gabriel, internautas não tardaram a apontar o gesto como insensível e desrespeitoso. “O Jorge Gabriel está a fazer blackface na televisão pública. Nada surpreendente vindo dele”, comentou uma utilizadora. Outro internauta ironizou: “Ainda bem que não há racismo estrutural em Portugal, por isso tivemos o Jorge Gabriel a fazer blackface e alguém na RTP achou boa ideia divulgar no Instagram.”
As críticas multiplicaram-se e geraram uma onda de indignação. Comentários como “Era mesmo preciso pintar a cara para se mascarar de Rei Mago?” ou “Parabéns, RTP, por promoverem a falta de noção” inundaram as redes sociais. O post original do Instagram, onde o momento foi partilhado, acabou por ser apagado após receber centenas de queixas.
Jorge Gabriel, que até ao momento não se pronunciou sobre a controvérsia, enfrenta agora um desafio público para explicar o gesto que muitos consideram um erro grave. A RTP também não emitiu um comunicado oficial, mas a pressão dos telespectadores aumenta para que o canal se posicione sobre o episódio.
Este incidente reacende o debate sobre a sensibilidade cultural e a necessidade de evitar práticas que possam ser ofensivas, especialmente num contexto de serviço público de televisão.