O mundo da televisão e da música portuguesa está de luto com a morte de Luís Jardim, figura incontornável da crítica musical e jurado de programas como Ídolos e A Tua Cara Não Me É Estranha…
O produtor e músico faleceu de forma inesperada, deixando uma marca indelével em várias gerações de artistas e espectadores.
A notícia da sua morte foi recebida com consternação e emoção profunda, com várias figuras públicas a prestarem homenagem nas redes sociais. Um dos tributos mais sentidos veio de João Paulo Rodrigues, que expressou a sua dor numa mensagem carregada de emoção:
“Obrigado Luís. Obrigado por tudo… Todas as coisas que me disseste vão ficar comigo, guardadas no coração, e enquanto ele bater estarás sempre por perto na minha vida.”
Últimos momentos: sinais de mal-estar ignorados
Na emissão deste sábado da CMTV, a comentadora Maya revelou alguns pormenores dos momentos que antecederam a morte de Luís Jardim. Segundo a apresentadora, o músico teria sentido um ligeiro desconforto físico:
“Ele tinha uma dor nas costas, um desconforto, e terá dito: ‘Vou descansar um bocadinho, porque logo quero estar bem’”, relatou Maya.
Apesar de já demonstrar alguma indisposição, Luís Jardim terá decidido repousar, talvez sem suspeitar da gravidade da sua condição. Poucas horas depois, o pior viria a confirmar-se.
Um jurado exigente, mas de coração aberto
Luís Jardim destacou-se na televisão portuguesa não só pelo seu conhecimento profundo da música, mas também pela humanidade rara que imprimia nos seus comentários. Era conhecido por frases que conjugavam rigor técnico com uma sensibilidade desarmante. Uma das mais icónicas:
“Tens ali uma voz bonita, mas falta verdade.”
Era esta franqueza, dita com empatia e um sorriso sincero, que o tornava respeitado por concorrentes e colegas. Num meio tantas vezes marcado pela crítica destrutiva, Luís Jardim foi uma exceção reconfortante: sabia dizer o que tinha de ser dito, sem magoar.
Um legado que vai muito além da televisão
Antes de se tornar conhecido do grande público como jurado, Luís Jardim já era uma figura respeitada nos bastidores da música. Colaborou com artistas nacionais e internacionais, sempre com um olhar apurado para o talento e uma paixão contagiante pela arte de bem fazer música.
Com a sua partida, Portugal perde um dos seus maiores embaixadores da integridade artística. A televisão, o meio musical e os muitos artistas que ajudou a formar ficam mais pobres — mas o legado, esse, continuará a inspirar.