A atriz Inês Herédia, conhecida pelo seu papel na novela Festa é Festa, revelou recentemente ter enfrentado discriminação no mundo profissional devido à sua orientação sexual…
Em entrevista ao programa Dona de Casa, da Antena 3, Inês partilhou experiências em que perdeu oportunidades de trabalho após ser identificada como parte da comunidade LGBT+, afirmando que “nunca te dão essa explicação” mas que, em algumas ocasiões, soube que a sua orientação sexual foi a causa do afastamento.
Inês descreveu situações onde estava quase confirmada para campanhas publicitárias, com seu perfil perfeitamente adequado ao que a marca buscava. Contudo, sem razão aparente, era retirada da campanha, e o projeto acabava por não contar com ninguém ou substituída por uma modelo.
“Depois passado dois anos descobres que afinal foi por isso,” desabafou. Essa experiência é, segundo ela, uma realidade enfrentada por muitas pessoas da comunidade LGBT+.
A atriz também abordou o fenómeno do pink washing nas marcas, onde empresas aproveitam o mês de junho, mês do orgulho LGBT+, para promoverem uma imagem inclusiva sem se comprometerem de forma contínua.
Inês contou que, durante o Pride Month, recebia inúmeras propostas para representar marcas que, fora desse período, permaneciam em silêncio. Segundo a atriz, “ser gay-friendly não é só no mês Pride” e essa abordagem de apoio sazonal é insuficiente para uma verdadeira inclusão.
Além disso, Inês expressou a frustração sobre a tentativa de algumas pessoas e empresas em associar a sua carreira à sua relação com Gabriela Sobral, diretora de conteúdos da Plural.
Ela sublinha que é importante reconhecer o seu mérito e o trabalho já desenvolvido, antes de colocarem o foco na sua vida pessoal. Inês, que possui formação no Conservatório e estudou teatro em Londres, explica que sente falta de uma apreciação mais profunda pelo seu percurso e pelo talento que traz para o mundo do espetáculo.
Esta abertura de Inês Herédia lança luz sobre o desafio contínuo da discriminação que muitos enfrentam e a necessidade de uma representação mais autêntica e inclusiva na indústria.