A rainha do pop e o rei do rap dominaram a 67ª edição dos prémios com vitórias marcantes
A noite dos Grammys 2025 foi inesquecível para Beyoncé e Kendrick Lamar, que saíram como os grandes vencedores da 67ª edição dos prémios mais importantes da indústria musical. A cerimónia, realizada na Crypto.com Arena, em Los Angeles, foi repleta de momentos marcantes, discursos políticos e homenagens emocionantes.
Beyoncé conquistou finalmente o Grammy de Álbum do Ano com Cowboy Carter, depois de quatro nomeações sem vitória nesta categoria. O disco, que mistura country, rock, pop e ópera, mostrou mais uma vez a versatilidade da artista, consolidando-a como uma das maiores da história da música. Além disso, a cantora venceu também na categoria de Melhor Álbum Country, tornando-se a primeira artista negra a conseguir esse feito. Com 11 nomeações este ano, Beyoncé bateu mais um recorde e elevou para 99 o número total de nomeações na sua carreira, reforçando o seu estatuto como a artista mais premiada dos Grammys.
Kendrick Lamar também brilhou na noite, levando para casa os prémios de Gravação do Ano e Música do Ano com o tema Not Like Us, um dos maiores sucessos de 2024. O rapper usou o seu discurso para homenagear as vítimas dos incêndios na Califórnia e criticou a ameaça da nova administração norte-americana de condicionar a ajuda federal ao estado. A cerimónia contou ainda com momentos impactantes, como a entrega do Grammy de Melhor Álbum Pop Latino a Shakira, que dedicou a vitória à comunidade imigrante nos Estados Unidos, em resposta às recentes políticas do governo.
Entre as novas estrelas da indústria, Chappell Roan foi coroada Artista Revelação, destacando-se com o hit Good Luck, Babe. A jovem cantora fez um discurso poderoso, apelando às editoras para garantirem melhores condições aos artistas emergentes. Já na categoria de Melhor Performance de Rock, os The Beatles foram premiados com a inédita Now And Then, uma canção restaurada com tecnologia avançada, provando que o legado da banda continua vivo.
A cerimónia foi conduzida, pela quinta vez consecutiva, pelo comediante Trevor Noah e contou com várias mensagens políticas, desde o apelo de Lady Gaga pelos direitos da comunidade transgénero até ao discurso de Alicia Keys, que criticou as novas regulamentações sobre identidade de género nos Estados Unidos. Entre homenagens e celebrações, os Grammys 2025 reforçaram a música como uma poderosa ferramenta de resistência e união.