O dia 28 de maio de 2024 será para sempre marcante na vida de Francisco Moita Flores. Nesse dia, o escritor sofreu um grave acidente ao ser atropelado pelo próprio carro…
O incidente, descrito como um dos momentos mais traumáticos da sua vida, foi relatado pelo próprio nesta quarta-feira, 23 de outubro, durante uma entrevista com Júlia Pinheiro.
Flores, conhecido pela sua carreira literária e televisiva, compartilhou os detalhes emocionantes da sua luta pela sobrevivência e recuperação.
Tudo começou de forma inesperada. O escritor contou que estava a sair do carro na garagem e esqueceu-se de travar o veículo. Com um pequeno declive, o carro começou a andar sozinho.
Na tentativa de impedir o movimento, Flores desequilibrou-se e acabou com uma das pernas debaixo da roda da frente do automóvel, que o arrastou por 30 metros. “Quis agarrá-lo e ele agarrou-me”, descreveu, evidenciando a brutalidade do acidente. O seu relato sublinha o desespero e a dor que sentiu no momento em que se deu conta da gravidade da situação.
Os gritos de Francisco Moita Flores foram a sua salvação. Em menos de cinco minutos, ele foi socorrido por uma equipa de emergência que incluía bombeiros e o INEM. O escritor foi imediatamente transportado para o Hospital de Santa Maria, onde começou a sua jornada de recuperação.
Mesmo consciente durante todo o processo, ele descreveu as dores como “terríveis” e recordou um dos momentos mais impactantes: “Sou das poucas pessoas vivas que já viu os seus próprios ossos”, partilhou com Júlia, destacando o impacto profundo que o acidente teve na sua vida.
A sua recuperação foi longa e marcada por desafios. Foram 40 dias internado no hospital, durante os quais passou por três operações e enfrentou o medo de perder a perna. Francisco Moita Flores descreveu a angústia emocional ao considerar essa possibilidade.
“Aí perdi as forças. ‘Como é que eu vou ficar sem uma perna?’”, revelou, emocionado. Felizmente, graças à dedicação da equipa médica, que incluiu médicos, enfermeiros e auxiliares, a perna foi salva. Atualmente, a perna está “costurada da parte de cima da coxa até ao dedo mindinho do pé”, segundo o escritor.
O processo de reabilitação ainda está em andamento, mas o escritor celebra cada conquista. Do uso da cadeira de rodas ao momento em que pôde finalmente levantar-se com a ajuda de um andarilho, Francisco descreveu esses momentos como marcos na sua recuperação.
Emocionado, lembrou-se da felicidade de conseguir usar as suas duas pernas novamente. Agora, após deixar a bengala e voltar a conduzir, continua o seu caminho de recuperação física e emocional. A sua família tem sido fundamental para o seu progresso, dando-lhe o apoio necessário para enfrentar as dificuldades que ainda persistem.