Depressão atmosférica pode trazer precipitação intensa, trovoadas e até neve nas serras — veja as previsões
Após vários dias marcados por temperaturas amenas, céu limpo e uma antecipação do verão, o tempo em Portugal Continental poderá sofrer uma viragem brusca nos últimos dias de abril. De acordo com previsões do portal especializado LusoMeteo, uma nova depressão ou bolsa de ar frio poderá afetar o país entre 28 e 29 de abril, trazendo consigo chuvas intensas, trovoadas e até uma queda significativa das temperaturas.
Esta mudança de padrão meteorológico surge após uma fase de tempo seco e quente que marcou grande parte do mês. “Estamos já a analisar uma nova depressão que provavelmente nos virá visitar no final do mês de abril e/ou no início de maio”, indicou a equipa do LusoMeteo. A instabilidade prevista poderá repetir o cenário ocorrido no início do mês, quando o bom tempo foi abruptamente substituído por dias chuvosos e instáveis.
As previsões apontam para uma probabilidade entre 50% e 60% de ocorrência de precipitação significativa, com a possibilidade acrescida de trovoadas localizadas, sobretudo nas regiões do interior e norte do país. Este cenário poderá ter impacto nas atividades ao ar livre e em setores como a agricultura, que vinha a beneficiar do tempo seco. As autoridades e a população devem estar atentas a atualizações dos serviços meteorológicos nas próximas semanas.
Outro aspeto curioso é o possível regresso da neve às zonas montanhosas, especialmente na Serra da Estrela. Embora o mês de abril esteja já avançado, os especialistas alertam para a possibilidade de queda de neve em altitudes elevadas, devido ao potencial arrefecimento acentuado provocado pela depressão atmosférica. “Sim, é possível”, afirma o LusoMeteo, com base nas projeções mais recentes dos modelos climáticos.
Esta instabilidade é ainda favorecida pela oscilação de Madden-Julian (MJO), atualmente nas fases 6 e 7, que impulsionam maior convecção no Pacífico Oeste, afetando indiretamente a circulação atmosférica na Europa. A presença de um anticiclone do Atlântico pouco robusto e errático contribui para uma atmosfera menos estável e mais difícil de prever. Tudo indica que os últimos dias de abril trarão um clima mais típico da primavera: imprevisível, húmido e marcado por contrastes térmicos.





