Este sábado, 17 de maio, a RTP1 volta a ser o palco da festa da música europeia com a transmissão ao vivo da 69ª edição do Festival da Eurovisão…
Em direto da St. Jakobshalle, em Basileia, na Suíça, os portugueses NAPA entram em competição para defender as cores nacionais, trazendo na bagagem a expectativa de repetir o memorável triunfo de Salvador Sobral, que em 2017 conquistou o título em Kiev com a emblemática “Amar Pelos Dois”.
Fundado em 1956, o Festival da Eurovisão é a mais antiga competição musical televisiva do mundo. Nessa primeira edição, disputada na Suíça, participaram apenas sete países, e o anfitrião foi também o vencedor. Desde então, o formato evoluiu significativamente, conquistando uma audiência global que ultrapassa os 180 milhões de espectadores.
Este ano, 26 países avançaram para a final e Portugal ocupará a 21ª posição na ordem de atuação — uma curiosa coincidência, visto que, em 2024, o suíço Nemo também atuou nesta posição e acabou por vencer. A votação mantém-se fiel à sua fórmula tradicional: 50% da decisão é atribuída a júris nacionais especializados e 50% ao televoto popular, envolvendo 37 países no total — os 26 finalistas e 11 eliminados nas semifinais, que ainda votam.
Na véspera da final, na noite de sexta-feira, decorreu o “Jury Show”, um espetáculo reservado apenas ao júri, onde os artistas executam as suas performances nas condições da final. Conhecido por ser um dos eventos ao vivo mais ensaiados globalmente, o Eurovisão exige precisão máxima: todas as delegações repetem meticulosamente coreografias, iluminação e planos de câmara, para garantir que nada falhe no grande dia.
Outro aspeto que tem despertado interesse é a votação online do chamado “Resto do Mundo”, que funciona como um 38º televoto, permitindo aos fãs fora dos países participantes influenciarem o resultado — uma novidade relativamente recente que aumenta ainda mais o caráter global do certame.
O histórico português no Festival é marcado por um único, mas emblemático triunfo, conquistado por Salvador Sobral, cuja pontuação recorde de 758 pontos em 2017 permanece imbatível. Esta vitória marcou uma nova era para Portugal no concurso, que desde então tem reforçado a sua presença com participações que conquistam tanto o público como a crítica.
O certame conta também com os “Big Five” — Espanha, Reino Unido, França, Itália e Alemanha — que, por serem os maiores contribuintes da União Europeia de Radiodifusão (EBU), têm vaga assegurada na final, juntamente com o país anfitrião. De destacar ainda a participação da Austrália, convidada desde 2015 devido à enorme popularidade do concurso naquele país, apesar de não ser parte da Europa.
Este ano, além de toda a emoção da competição, Salvador Sobral regressa para apoiar os NAPA, inclusive apresentando uma versão especial de “Deslocado”, reforçando a ligação entre a lenda que conquistou a Europa e a nova geração de artistas portugueses.
No que toca a curiosidades, é importante lembrar que cada ato em palco pode contar com até seis artistas, uma regra vigente desde 1971. Animais continuam proibidos, e a tradição e regras do concurso refletem o equilíbrio entre espetáculo, talento e a complexidade da produção.
Por fim, a história recente mostra que Irlanda e Suécia lideram com sete vitórias cada — um recorde impressionante — e que a Ucrânia nunca falhou uma final desde a introdução das semifinais, demonstrando a força contínua do país no panorama eurovisivo.
A esperança está agora lançada para os NAPA, que com o seu estilo único e talento procuram honrar a tradição e quem sabe trazer de novo o troféu para Portugal.
