Fernando Valente, suspeito de ter assassinado Mónica Silva na Murtosa, está a enfrentar novas suspeitas criminais, além do processo principal de homicídio…
Durante buscas domiciliárias em Gaia, no passado 23 de maio, a Polícia Judiciária de Aveiro apreendeu equipamento informático que continha fotografias suspeitas de uma menor, levantando a hipótese de envolvimento em crimes sexuais contra menores.
A investigação sobre este material já foi remetida para as autoridades competentes, separando-se assim do processo principal, que envolve o alegado homicídio de Mónica.
Mónica Silva, que estava grávida, acreditava que Valente assumiria a paternidade do bebé. A situação foi marcada por versões contraditórias da família do suspeito sobre a noite em que Mónica desapareceu, aumentando o mistério e as suspeitas em torno do caso.
O relacionamento entre a vítima e Fernando Valente era mantido em segredo, o que gerou ainda mais suspeitas sobre o envolvimento do empresário na trágica morte de Mónica Silva.
Além disso, Valente é agora investigado por suspeita de branqueamento de capitais, após a apreensão de 89 mil euros em numerário, escondidos no colchão de uma das camas de sua residência na Murtosa.
As explicações apresentadas por Valente sobre a origem deste dinheiro não foram suficientes para convencer as autoridades, que decidiram abrir uma nova linha de investigação sobre este possível crime económico.
Durante as mesmas buscas, a Polícia Judiciária também apreendeu uma arma de alarme, um silenciador e munições (16 balas de salva intactas e uma deflagrada), juntamente com uma escova de limpeza para armas.
Valente não possuía licença para a posse de armas de classe A, o que motivou uma contraordenação por parte da PSP.
As investigações em torno de Fernando Valente aumentam de complexidade e gravidade, com múltiplas acusações que incluem o alegado homicídio, crimes sexuais contra menores e branqueamento de capitais, revelando a complexidade e amplitude deste caso que tem vindo a chocar a sociedade.