Passageiros entraram em pânico e saltaram das asas do avião; seis foram hospitalizados após o falso alerta de fogo. Companhia minimiza gravidade dos ferimentos
O aeroporto de Palma de Maiorca, em Espanha, foi palco de um momento de verdadeiro caos pouco depois da meia-noite deste sábado, 6 de julho, quando um falso alarme de incêndio a bordo de um avião da Ryanair causou pânico entre os passageiros. O voo, com destino a Manchester, no Reino Unido, estava prestes a descolar quando se ouviu um estrondo, seguido do aviso da tripulação para evacuação imediata da aeronave. O episódio terminou com 18 pessoas feridas, das quais seis tiveram de ser hospitalizadas.
Segundo relatos de vários passageiros britânicos, o cenário foi de desespero total. Muitos optaram por sair do avião através das asas da aeronave, uma vez que, alegadamente, não havia escorregas disponíveis naquele lado do avião. Algumas das vítimas sofreram fraturas graves ao saltarem de alturas consideráveis. Savannah, uma jovem de 26 anos, revelou ao jornal The Sun que a sua mãe partiu o tornozelo em três pontos distintos e teve de ser submetida a cirurgia. Outra passageira fraturou o cotovelo, o pulso e o pé.
Apesar dos testemunhos dramáticos, a Ryanair tentou desvalorizar a gravidade da situação, afirmando que os ferimentos sofridos foram “muito ligeiros”, incluindo entorses e escoriações. A companhia aérea também esclareceu que os escorregas de emergência foram ativados e utilizados, embora as imagens que circulam nas redes sociais mostrem vários passageiros a saltar diretamente das asas da aeronave, sem qualquer equipamento de segurança.
As autoridades espanholas responderam rapidamente ao alerta, recebido pelas 00h36, enviando quatro ambulâncias, incluindo duas unidades avançadas de suporte de vida. O incêndio nunca se confirmou, e tudo aponta para um alarme falso. Para reduzir os transtornos, a Ryanair disponibilizou um voo de substituição, que partiu de Palma de Maiorca às 07h05 da manhã.
Este incidente levanta novamente questões sobre os protocolos de evacuação de emergência e os níveis de formação e resposta das tripulações em situações de alarme, mesmo quando se revelam falsos. Enquanto a Ryanair lamenta o “incómodo causado”, os passageiros afetados enfrentam recuperações físicas e emocionais, após um voo que terminou da pior forma, ainda antes de descolar.