Esta manhã, Joana Marques Vidal, a ex-procuradora-geral da República, faleceu no Porto. Após várias semanas em coma no Hospital de São João.
Joana Marques Vidal estava em coma devido a complicações decorrentes de uma operação para tratar uma doença cancerígena, tendo sofrido uma septicemia.
Câmara Ardente e Cerimónias Fúnebres
O corpo de Joana Marques Vidal estará em câmara ardente esta quarta-feira, das 14h às 22h, na freguesia de Pedaçães, concelho de Águeda. As cerimónias fúnebres ocorrerão em Aveiro, onde a ex-procuradora-geral será cremada.
Trajetória de Joana Marques Vidal
Nascida em Coimbra, em 1955, Joana Marques Vidal iniciou a sua carreira como procuradora do Ministério Público em 1979. Em outubro de 2012, foi nomeada Procuradora-Geral da República pelo então Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, desempenhando o cargo até 2018. Durante o seu mandato, Joana Marques Vidal foi conhecida pela sua postura firme e pelo combate à corrupção.
Presidente da República recorda “magistrada com profundas preocupações sociais”
Joana Marques Vidal, ex-Procuradora-Geral da República, faleceu no Porto esta terça-feira. Nascida em Coimbra em 1955, iniciou a sua carreira como procuradora do Ministério Público em 1979. Em 2012, foi nomeada Procuradora-Geral da República pelo então Presidente Aníbal Cavaco Silva, cargo que ocupou até 2018.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou a morte de Joana Marques Vidal, destacando-a como uma “magistrada com profundas preocupações sociais”. Marcelo revelou que acompanhou de perto “a sua luta pela vida”, expressando os seus sentimentos à família e amigos. Num comunicado, sublinhou o papel relevante de Marques Vidal na sociedade portuguesa, enfatizando a sua dedicação à defesa dos direitos fundamentais, com particular atenção à participação cívica, ao papel das mulheres e à defesa dos mais vulneráveis.
A atual Procuradora-Geral da República, Lucília Gago, manifestou “profundo pesar pelo falecimento da Procuradora-Geral-Adjunta jubilada”, destacando a sua contribuição significativa para o Ministério Público. As cerimónias fúnebres estão marcadas para o dia 11 de julho, às 14h, em Aveiro, com a missa de sétimo dia a realizar-se em Lisboa, na Basílica da Estrela, no dia 15 de julho às 19h.
Outras figuras importantes também prestaram homenagem a Joana Marques Vidal. O ex-bastonário da Ordem dos Advogados, Luís Menezes Leitão, elogiou o seu “mandato brilhante” e a “defesa intransigente do Ministério Público”. André Ventura, presidente do partido Chega, destacou-a como um símbolo na luta contra a corrupção. A Ministra da Justiça, Rita Júdice, expressou admiração pelo carácter e dedicação de Marques Vidal, afirmando que será sempre merecedora de homenagem e gratidão.
Aníbal Cavaco Silva, ex-Presidente da República que nomeou Joana Marques Vidal para Procuradora-Geral, destacou a firmeza com que exerceu o seu mandato, dando nova dinâmica à investigação criminal. A ex-embaixadora Ana Gomes e o ex-diretor do DIAP de Coimbra, Euclides Dâmaso, também expressaram o seu pesar, reconhecendo a marca indelével deixada por Marques Vidal no Ministério Público.
O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público e o ex-procurador-geral adjunto António Cluny, colega de curso de Joana Marques Vidal, também emitiram notas de condolências, destacando a sua preocupação com o serviço público e a visão abrangente das funções do Ministério Público.
Maria Joana Raposo Marques Vidal, nascida a 31 de dezembro de 1955 em Coimbra, foi uma magistrada de renome em Portugal. Formada em Direito pela Universidade de Lisboa, iniciou a carreira no Ministério Público em 1979. Em 2012, foi nomeada Procuradora-Geral da República pelo Presidente Aníbal Cavaco Silva, cargo que ocupou até 2018. Durante o seu mandato, destacou-se pelo combate à corrupção e pela transparência na justiça. Em 2018, foi condecorada com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo.
Joana Marques Vidal será lembrada como uma figura marcante na justiça portuguesa, cujo legado perdurará.