Ex-concorrente acusa produção da TVI de dualidade de critérios e manipulação mediática ao relembrar a sua expulsão do reality show
André Filipe, antigo participante do Big Brother – A Revolução (2020), voltou a abordar a sua polémica saída do reality show, na sequência de um incidente amplamente mediatizado. Expulso após um comportamento considerado inapropriado, que incluiu danificar material e atirar objetos para a piscina, André foi diagnosticado com um surto psicótico e internado. Agora, em entrevista à revista TV 7 Dias, nega ter sofrido qualquer surto e afirma que foi vítima de uma estratégia mediática para aumentar audiências.
Na altura, o episódio causou alvoroço. A mãe do concorrente, Hélia, descreveu ao Correio da Manhã como André chegou a casa desorientado: “Estava muito alterado, virou-me a despensa de pernas para o ar, foi buscar coisas antigas, fotos, tudo. Estava perturbado, a falar como se ainda estivesse na casa do BB. Depois de falar com a psicóloga, decidi interná-lo.” No entanto, André agora contradiz esse diagnóstico e acusa a produção de manipulação.
“Eu cedi à pressão e aceitei que tive um surto psicótico porque a história da saúde mental vende”, afirma André Filipe. “Eles canalizaram tudo para a loucura e não para o meu comportamento, que era brincadeira. Nunca tive qualquer patologia de doença mental.” André alega que o episódio foi usado pela produção para criar uma narrativa mais impactante, enquanto a sua imagem era explorada como “bode expiatório”.
Além disso, André revela que os confessionários da casa eram manipulativos, alimentando o seu comportamento: “Nos confessionários, diziam-me que nunca tinham tido tanta audiência, que eu era o melhor jogador. Depois usaram isso contra mim.” Ele também questiona as circunstâncias da sua expulsão, como o alegado dano à lâmpada da piscina: “Eu não tinha força para arrancar uma lâmpada; aquilo já estava desaparafusado.”
A experiência no Big Brother continua a gerar controvérsia, especialmente num momento em que outros ex-concorrentes de reality shows criticam a dualidade de critérios da produção. André Filipe afirma que a sua imagem de “louco” foi criada pela produção e explorada até hoje, enquanto acusa o formato de negligência emocional e busca incessante por audiências.
O caso levanta questões sobre os limites éticos das produções televisivas e os impactos emocionais sobre os participantes de reality shows. A discussão reacende-se, enquanto André Filipe tenta agora reconstruir a sua imagem e contestar a narrativa que o marcou desde 2020.
