Assassina de 14 anos, internada em ala psiquiátrica de segurança máxima, revela motivações perturbadoras e arrependimento tardio após morte de Mandy, de 15 anos
O caso que chocou a comunidade portuguesa na Suíça e o mundo ganha agora novos contornos com as declarações da jovem de 14 anos que matou à facada Mandy, de 15 anos, em Berikon, no cantão de Argóvia. A autora do crime, que era considerada a melhor amiga da vítima, confessou às autoridades que cometeu o ato num momento de profundo desespero e raiva direcionada a si própria.
Segundo as autoridades helvéticas, a adolescente revelou durante o interrogatório que sentia ter “decepcionado muitas pessoas”, especialmente a família, devido ao seu mau desempenho escolar. Essa frustração pessoal terá desencadeado um estado psicológico instável, culminando numa decisão trágica: comprar uma faca com a intenção deliberada de matar alguém.
O mais perturbador é que, entre todas as amigas que se tinham afastado da jovem, apenas Mandy manteve a amizade — o que não impediu que fosse escolhida como alvo. “Eu queria matar alguém, não havia outra saída”, afirmou a agressora durante o depoimento. A declaração brutal demonstra um quadro mental gravemente comprometido e que levou as autoridades a encaminhá-la para uma ala psiquiátrica de segurança máxima, onde está atualmente internada e a ser acompanhada.
O crime ocorreu em maio e deixou a comunidade portuguesa em estado de choque. Mandy era filha de emigrantes portugueses e vivia há vários anos na Suíça. A jovem foi encontrada com múltiplas facadas, e as autoridades confirmaram rapidamente a identidade da agressora, o que permitiu uma resposta judicial célere.
Este caso trágico lança uma luz sobre as crescentes preocupações com a saúde mental entre os jovens e levanta questões sobre os sinais de alerta que terão passado despercebidos. Enquanto decorrem os procedimentos legais, a família de Mandy clama por justiça e por respostas sobre como uma amizade se transformou num crime tão bárbaro.